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Paraná tem colheita de 713 mil sacas de café; cultura alcança R$ 1,1 bilhão

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(Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN)

A colheita de café chegou a 36% da previsão de 713 mil sacas no Paraná. Os produtores começam a se apropriar da evolução de quase 100% em relação aos preços praticados no ano passado, sendo que a saca do café estava com média de R$ 1.151,55, em junho de 2024, e alcançou R$ 2.083,57 nesta quarta-feira (18).

Os dados constam no Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 13 a 18 de junho. O documento é feito pelo do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab.

O preço do café registrado agora em junho (R$ 2.083.57) ganha mais significância, levando-se em conta que há boa margem em relação aos custos totais levantados pelo Deral, que em maio ficou em R$ 1.186,69.

“Com a colheita chegando a 36% da produção de 713 mil sacas estimada para este ano, alguns produtores finalmente estão começando a se apropriar de maneira mais consistente da escalada de preços ocorrida na entressafra anterior”, afirmou o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.

Isto acontece porque, em fevereiro, quando os preços atingiram seu pico, pelo menos dois terços da safra de 2024 já estava vendida, e muitos produtores sequer tinham produto para comercializar. Os preços refletiram positivamente nas regiões produtoras.

Carlópolis, no Norte Pioneiro, que concentra um quarto da produção estadual de café, teve o maior incremento absoluto de Valor Bruto de Produção (VBP) no Estado em 2024, passando de R$ 513 milhões para R$ 763 milhões, impulsionado especialmente pela cafeicultura. No Paraná todo, a cultura voltou a superar o patamar do bilhão, passando de R$ 563 milhões para R$ 1,1 bilhão em 2024.

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