MERCADO IMOBILIÁRIO

Intenção de compra de imóveis pelas famílias brasileiras segue em alta

Estudo aponta uma demanda de intenção de compra das famílias para 24 meses na ordem de 29,27% no Brasil, ou seja, 11,69 milhões de famílias.

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Na última semana, a Datastore, maior empresa de pesquisa imobiliária da América Latina e que detém um acervo de quase R$ 1 trilhão em Valor Geral de Vendas (VGV) pesquisados, disponibilizou o Datastore Monitor da Demanda Imobiliária Residencial, referente ao terceiro trimestre de 2024.

O estudo apontou uma demanda de intenção de compra das famílias para 24 meses na ordem de 29,27% no Brasil, ou seja, 11,69 milhões de famílias.

Para Marcus Araujo, fundador da Datastore “o Brasil avança em tamanho do mercado imobiliário e em velocidade de vendas, mesmo com o aumento da SELIC pelo COPOM ou restrições para o financiamento imobiliário em até 70% do valor para a classe média, registrando o maior valor de intenção de compra de imóveis desde janeiro de 2022”.

Neste quesito, houve uma variação positiva de +0,58% em comparação ao trimestre anterior e +1,66% em relação ao terceiro trimestre de 2023. 

Outros números em destaque foram:

  • a intenção de compra em 12 meses, na ordem de 45,9% ou 5,37 milhões de famílias, com uma variação positiva de +0,20% em comparação ao trimestre anterior e +2,90% em relação ao terceiro trimestre de 2023; e
  • o segmento não-econômico com índices elevados de intenção de compra na ordem de 35% para o SBPE (recursos da poupança) e 38% no luxo, respectivamente para 24 e 12 meses.

Todas as regiões do país tiveram continuidade no crescimento de intenção de compra, com destaque novamente para o Sul, que no interesse em 24 meses teve um aumento de 0,91% em comparação ao trimestre anterior, chegando ao patamar de 31,64%.

Fatores como a alta na geração do emprego, aumento do crédito imobiliário e da renda foram fundamentais na construção desse cenário, mesmo diante dos grandes desafios macroeconômicos.

Por sua vez, com o aumento das vendas e a redução dos estoques, há uma lacuna a ser atendida pelos empreendedores do setor imobiliário, que deverão estar atentos neste novo ciclo de desenvolvimento, para a concepção de produtos alinhados com as demandas geracionais, tecnológicas e de sustentabilidade. Projetos mais inovadores, humanos, eficientes e adaptáveis passarão a ser essenciais.

É importante salientar que mesmo com o evento climático de maio que ocorreu no Rio Grande do Sul, os impactos na demanda não foram sentidos até o momento. Vamos acompanhar os próximos resultados.