De olho no futuro grisalho
O Brasil está envelhecendo. E a indústria imobiliária está pronta para atender a esta demanda
MERCADO IMOBILIÁRIO
Quase 30% das famílias brasileiras tem a intenção de comprar um imóvel nos próximos dois anos, segundo o Datastore.
A Datastore, maior empresa de pesquisa imobiliária do país, com um acervo de quase R$ 1 trilhão em Valor Geral de Vendas (VGV) pesquisados, divulgou recentemente a 34ª edição do Monitor da Demanda Imobiliária Residencial, referente ao segundo trimestre de 2025.
O estudo apontou que 29,64% das famílias brasileiras têm intenção de comprar um imóvel nos próximos 24 meses, o que representa 12,39 milhões de famílias em todo o país. Esse índice mostra leve alta em relação ao trimestre anterior (+0,13%) e confirma o oitavo trimestre consecutivo de crescimento da demanda futura.
Para Marcus Araújo, estatístico e fundador da Datastore, “o mercado se mostra resiliente, mas também reflete a cautela do comprador em relação aos produtos em estoque. Será preciso ser excepcional no segundo semestre para garantir fechamentos nos empreendimentos que ainda contam com unidades disponíveis”.
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Alguns números em destaque foram:
Esse cenário mostra que a demanda segue ativa e diversificada, mas o comprador está mais seletivo e planejando melhor a sua decisão. Na minha visão, o quadro é positivo, desde que haja uma leitura clara dos clientes em jornada de compra, tanto no que buscam no produto quanto no que e como podem pagar.
A tendência é que produtos genéricos e tradicionais tenham menor performance, justamente por não dialogarem com as necessidades atuais. Produtos imobiliários feitos com a cabeça de quem vivia no século passado já ficaram obsoletos.
Em contrapartida, há uma janela de oportunidades valiosa para quem souber ouvir os clientes e criar imóveis alinhados às novas demandas. Assim, quem adotar uma leitura estratégica, embasada em dados, terá vantagem competitiva e estará mais preparado para aproveitar esse ciclo.
Ainda, a pequena queda na intenção de compra em 12 meses sinaliza a necessidade de ajustes por parte dos empreendedores. Para quem tem estoque ou planeja lançar nos próximos meses, o caminho é:
O objetivo é claro: dar ritmo às vendas sem sacrificar margens, aumentando a absorção de produtos. Nesse contexto, agir de forma rápida, eficaz e alinhada ao mercado fará toda a diferença.
Existem demandas geracionais, ajustes tecnológicos e de sustentabilidade que hoje são fundamentais para os compradores, que enxergam muito valor nestas iniciativas e pagam mais por isso. Projetos mais inovadores, humanos, eficientes e adaptáveis também passam a ser essenciais.
Existem famílias e investidores prontos para comprar, mas que exigem produtos bem pensados e um atendimento consultivo. Corretores e empreendedores preparados terão papel fundamental em transformar essa intenção em realidade, com projetos alinhados ao estilo de vida, às condições de crédito e às expectativas de valorização.
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