MERCADO AQUECIDO

10 tendências da indústria imobiliária em 2025

Veja neste artigo algumas tendências que devem se fortalecer neste ano dentro da indústria imobiliária conforme o comportamento dos compradores.

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Com dezenas de pesquisas com compradores de imóveis em todo o país (100 mil entrevistas por ano), a Datastore, proprietária de um algoritmo robusto que busca entender a demanda imobiliária residencial de forma única, traz dados relevantes para a decisão por parte dos empreendedores e desenvolvedores imobiliários.

Observamos algumas tendências que devem se fortalecer neste ano, demonstrando que o mercado imobiliário está cada vez mais voltado para a sustentabilidade, tecnologia e mudanças nos estilos de vida.

Tendências da indústria imobiliária em 2025

Veja abaixo algumas das principais tendências do mercado de imóveis neste ano:

Construções sustentáveis e tecnológicas

Há uma demanda crescente por imóveis que integram práticas de sustentabilidade, como o uso de materiais recicláveis, sistemas construtivos inovadores e com baixo impacto ambiental, uma melhor eficiência energética nas unidades (uso de painéis solares, torneiras com temporizadores e ventilação natural, por exemplo), coleta/reaproveitamento de água da chuva, mais áreas verdes, entre outros.

Há uma redução natural dos custos e também da emissão de carbono com o uso destas soluções. A sustentabilidade acabou se tornando um item com alto valor agregado para as famílias compradoras e investidores imobiliários.

Bem-estar

Os compradores de imóveis querem equilibrar melhor o lado pessoal com o profissional, minimizando impactos na saúde física e emocional. Desde a pandemia, as pessoas passaram a buscar mais conforto e bem-estar em seus lares. E os ambientes já contam com áreas que promovem a saúde de uma forma mais ampla.

Ainda, a prevenção dos transtornos emocionais entre os membros de uma família é algo que pode ser trabalhado pelas incorporadoras, desenvolvendo mentes mais criativas, livres e inteligentes. Um bom exemplo é o Programa Gestão da Emoção do Dr. Augusto Cury.

Segunda moradia e lazer

Com o aumento da urbanização e o consequente ‘estresse’, uma opção que aparece para as famílias é a segunda moradia, para quebrar a rotina; em geral em locais bem mais tranquilos e em contato com a natureza. Tudo sem abdicar do conforto do lar.

Esses empreendimentos oferecem uma oportunidade atraente, pois, as próprias famílias podem locar em períodos de ociosidade de uso. Quanto aos investidores, a possibilidade de gerar fluxos de receitas estáveis por meio de aluguel de unidades residenciais short-stay é bem interessante.

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Dinheiro novo

Com as mudanças recentes nas políticas de financiamento imobiliário e com consequente readequação do uso dos recursos do SBPE (poupança) e FGTS (fundo de garantia), a tendência é de fortalecimento de Fintechs e demais soluções financeiras para suprir a forte demanda por crédito do país.

Pets

Constatamos a consolidação dos animais domésticos fazendo cada vez mais fazendo parte das famílias brasileiras, sendo elemento fundamental nas decisões de compras, seja pela adequação do imóvel para que possa atender aos pets (unidade e o condomínio), quanto no atendimento pelos times de vendas das empresas. A ideia de família multiespécie é uma realidade. Hoje já são mais de 160 milhões de pets no Brasil, segundo a Abinpet.

Unidades com menor área

Com famílias cada vez menores e decréscimo populacional, as unidades tendem a diminuir cada vez mais. Observamos o aumento do % de solteiros e de casais sem filhos, principalmente, informação reforçada pelo IBGE (mais de 39% dos domicílios são compostos por solteiros e casais sem filhos no país).

Crescimento do aluguel

O número de investidores em propriedades para aluguel de curto e médio prazo tem aumentado. Muita pela tendência de maior mobilidade urbana, flexibilidade nos locais de moradia e pela impossibilidade de parte da população adquirir um imóvel bem localizado.

Os consumidores preferem opções de locação com boa infraestrutura e qualidade de vida em boas regiões, principalmente nos centros urbanos.

Espaços multifuncionais e flexíveis

A busca por espaços adaptáveis, que atendam tanto a funções residenciais quanto comerciais é uma forte tendência, especialmente em grandes centros urbanos. Empreendimentos que mesclam moradia, lazer, comércio e serviços se alinham com o estilo de vida dinâmico dos consumidores atuais. Muitos preferem ter tudo próximo e preferencialmente dentro do condomínio.

Acessibilidade e inclusão habitacional

Projetos que contemplam moradias econômicas para diferentes faixas de renda têm ganhado força, com iniciativas governamentais e parcerias para habitação social e inclusiva, envolvendo as várias esferas de Governo. Essa tendência amplia o alcance do mercado imobiliário, que cuja demanda de moradias passa da casa de 6,2 milhões de unidades (Fundação João Pinheiro).

Economia colaborativa

Os modelos de moradia no qual os condôminos dividem as áreas comuns de forma compartilhada é crescente, criando verdadeiras comunidades. Passa pelo uso de ferramentas, bicicletas, lavanderias e até carros compartilhados. Muito usado por jovens, nômades digitais e empreendedores, mas que tem se expandido para empreendimentos diversos.

Finalmente, sabemos que o mercado imobiliário é dinâmico E, por isso a importância de acompanhar a demanda dos compradores de imóveis para nos anteciparmos, com produtos adequados às necessidades deles.

As mudanças são inerentes ao negócio e cabe a quem empreende e aos profissionais estarem atentos para usarem os dados de forma estratégica. Boa leitura. Feliz Ano Novo.