Eu quero ser diferente

Não, não quero normalidade. Não acho normal engordar com os anos como a maioria, não aceite aquele papinho de que depois que casa já era. Qual o problema de uma mulher ter seu tão sonhado bebê e voltar a ser uma mulher sarada, magra e com direito a um abdômen definido? Por que não é tão comum termos homens de meia idade, em cargos de diretoria, e que sejam sarados e cuidem da saúde? E o pior, as poucas exceções que existem são geralmente criticadas

Chega a ser estranho o fato de que, em uma era de obesos e sedentários, querer ser alguém melhor para si cause tanta estranheza. É ainda mais irônico que se fale tanto em liberdade de corpos mas julguem e até condenem pessoas que simplesmente querem a liberdade de terem seus corpos bonitos e sarados, dentro do que lhes convém. Será então a liberdade apenas para o fofinho ou sedentário com discurso de aceitação? Ou alguém bonito e com baixo percentual de gordura e volume maior de massa magra não pode se aceitar também?

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Então, não! Não sou a favor de corpos normais. Eu quero ver grávidas treinando com mais frequência, quero ver profissionais de outras áreas que não sejam da saúde com corpos sarados, quero ouvir que as pessoas aparentam ter menos idade do que realmente tem, quero que os filhos sejam confundidos com os irmãos de seus pais treinados e “jovens”. Por mais vovôs e vovós incentivados a puxarem um ferro ao invés de serem prisioneiros das esteiras.

Eu quero e luto por uma sociedade que não se conforma em simplesmente ser “normal”.

Porque se ser normal é ser mais um que demonstra não ter cuidado de si, eu opto por ser alguém diferente.

Sobre o autor

Fabiano Tavares (@ofabianotavares) é bacharel em Educação Física e pós-graduado em Psicologia. Gestor de pessoas há mais de 12 anos, é praticante e entusiasta da musculação para todos os tipos de pessoas.