Gabriel Pianaro
Como ser bicentenário


No filme o Homem Bicentenário, Andrew Martin, interpretado por Robin Williams, é um robô que aprende e deseja evoluir constantemente e se tornar cada vez mais criativo, tem iniciativa e deseja melhorar a si próprio e ser reconhecido como um ser humano. Será que tem algo semelhante com as tecnologias atuais e as novidades em inteligência artificial (IA) e o novo ChatGPT?
O filme não passou de uma ficção científica lançado em 1999 que até gerou críticas. Uma delas que li recentemente, mas que foi escrita na época, diz o seguinte:
“..baixíssimo impulso criativo na construção da fábula do filme. Sem conceber nada de inovador…”
prefiro não citar a fonte para preservar o site e o crítico.
A pergunta que fica é: tudo que vemos hoje em IA não é exatamente o que o filme apresenta? Sem entrar no âmbito do romance e da trilha, estou focado aqui neste texto em tecnologia.
A tecnologia está aprendendo constantemente e as novas tecnologias fazem parte do nosso dia a dia muito mais do que imaginamos. Hoje a IA aprende muito mais rápido do que nós, quanto mais bytes de informações ela, recebe mais ela é capaz de fazer tarefas e atividades que nós, humanos, fazemos mais lentos e com erros.
Você lembra do filme de Charles Chaplin (imagem abaixo) quando ele está apertando diversos parafusos num trabalho repetitivo e contínuo?

Ainda existem empresas que realizam essa atividade desta forma, só que a maioria, não mais. Robôs programados com movimentos pré-estabelecidos já realizam estas atividades sem intervalo, rapidamente, sem erro, não fica cansado, não gera custos trabalhistas e ainda não precisa motivar e cobrar. Basta apertar o botão.
As novas tecnologias de IA conseguem aprender cada dia mais e superar nós humanos em diversas atividades, desde as mais básicas às mais complexas, como a construção de textos, petições, análises clínicas substituindo ou contribuindo com o diagnóstico médico.
A tecnologia vai nos superar? Sim.
Escutei recentemente a seguinte frase, e concordo com ela: “a tecnologia irá mudar o nosso ambiente e nos fará mais humanos”.
Nosso maior medo é que a tecnologia realize as nossas tarefas cotidianas do nosso trabalho, nosso ganha pão, nossa profissão. E sim, ela vai, acredito nisso. A tecnologia ao longo do tempo, e um tempo bem curto, nos fará mais humanos, algo que ela jamais irá nos superar, ou seja, teremos mais tempo para evoluirmos como profissionais e como pessoas, teremos mais tempo para sermos humanos e não operários.
Agora uma coisa é certa, para não sermos superados pela tecnologia é necessário estudar, estudar, estudar e se preparar para inovar, para crescer e ser melhor do que somos diariamente. Precisamos evoluir como profissionais e pessoas.
O que tem de relação com marketing aqui?
A área de marketing, cada dia mais, é impactada pelas novas tecnologias, e para não sermos engolidos precisamos ser melhores que ela (IA) e estar preparados para inovar, mudar e aprender cada dia mais rápido.
Sobre o autor

Gabriel Pianaro de Souza (@gabrielpianaro) é palestrante, consultor, mentor e gestor de marketing. Graduado em Marketing com mais de 24 anos de experiência, pós-graduado em Gestão Empresarial. Head of Marketing na Nexcore Conversas Conectadas.