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A Extinção dos Influenciadores

A sustentabilidade a longo prazo não vem de likes ou seguidores — ela nasce da construção de uma estratégia própria, sólida e independente.

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Imagem: Canva Pro

Você está construindo um império… ou apenas alugando um quarto? Hoje, muitos influenciadores digitais constroem verdadeiras carreiras em plataformas como Instagram e TikTok.

Em grande parte dos casos, a receita vem exclusivamente dessas redes — seja por publis, monetização ou colab. No entanto, existe um risco silencioso que foge completamente do seu controle.

Uma simples mudança no algoritmo, uma nova regulamentação, a venda de uma plataforma, a descontinuidade de funcionalidades ou até mesmo um bug podem comprometer toda a operação — e, em casos extremos, decretar o fim de um negócio que aparentava estar estável e em crescimento.

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Abaixo, aprofundo essa análise com pontos que ajudam a compreender a ‘extinção silenciosa’ dos influenciadores que não diversificam suas operações:

  • Um dos principais é o algoritmo instável, já que mudanças repentinas nas plataformas podem reduzir drasticamente o alcance e o engajamento, afetando diretamente a visibilidade do conteúdo.
  • Além disso, há o risco da perda do canal, pois perfis podem ser suspensos, hackeados ou até banidos, o que interrompe imediatamente o contato com o público, especialmente quando não há outros canais de comunicação direta.
  • Outro ponto crítico é a dependência de publis, que limita a liberdade criativa e expõe o criador a vulnerabilidades em tempos de crise econômica, quando as marcas cortam investimentos. Soma-se a isso o modelo não escalável, já que o crescimento depende de negociações manuais e da presença constante do influenciador, tornando difícil ampliar o negócio de forma estruturada.
  • A alta concorrência também é um desafio constante. Em um mercado saturado, quem não tem um diferencial claro acaba se perdendo entre tantos outros criadores. Isso é agravado pelo amadorismo prejudicial, onde a falta de profissionalismo, gestão e estratégia impede o crescimento sustentável do negócio.
  • Além disso, há o risco de reputação, pois, sem uma marca pessoal bem definida e estratégias de posicionamento claras, basta uma polêmica mal gerida para prejudicar toda a operação — principalmente se o influenciador estiver centralizado em uma única plataforma.
  • Por fim, a instabilidade financeira é um problema comum, já que muitos vivem de picos de faturamento sem planejamento, o que torna a carreira insustentável no longo prazo.

Como evitar a extinção

A sustentabilidade a longo prazo não vem de likes ou seguidores — ela nasce da construção de uma estratégia própria, sólida e independente. Isso significa, antes de tudo, sair da dependência exclusiva das redes sociais e começar a investir na sua casa e não apenas no quarto alugado.

Ter um site próprio, por exemplo, é mais do que uma vitrine, ele vai gerar ainda mais autoridade. É o lugar onde você pode concentrar seus conteúdos, apresentar sua história, produtos, serviços e criar uma experiência completa para sua audiência — sem intermediários e sem o risco de ‘desaparecer’ por conta de um algoritmo ou bug.

A construção de uma base de e-mails engajada é ainda mais estratégica. Diferente das redes, onde o alcance é imprevisível, o e-mail oferece contato direto com o público. Com ele, você cria uma linha de comunicação personalizada, segmentada e constante, fortalecendo o vínculo com sua comunidade e gerando oportunidades reais de conversão.

Outro pilar fundamental é a criação de produtos ou serviços próprios. Cursos online, e-books, mentorias, consultorias, produtos físicos ou clubes de assinatura são formas de monetizar sua autoridade e escalar seu negócio. Ao fazer isso, você deixa de vender apenas visibilidade para marcas e passa a construir uma fonte de receita estável, com margem maior e total controle.

Além disso, esses ativos funcionam como um “porto seguro” para a audiência. Caso uma plataforma saia do ar ou mude drasticamente, sua comunidade ainda terá onde te encontrar, consumir seu conteúdo e apoiar seu trabalho.

Em resumo, você precisa pensar no marketing como um todo e construir uma estratégia que vai além das redes sociais e deixar de ‘alugar espaço’ em plataformas de terceiros para começar a construir a sua própria casa digital.