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Marketing sem consistência é tipo dieta de segunda-feira
Marketing é como treino: resultado exige consistência, não milagres. Entenda por que a constância é o novo diferencial.
04 de novembro de 2025 às 18:06
Atualizado em 04 de novembro de 2025 às 18:06
Por: Gabriel Pianaro
Eu já falei sobre isso antes, mas vale repetir. É impossível não notar o movimento: as academias estão cheias de novo.
Basta o verão se aproximar pra esse fenômeno aparecer.
Eu treino quase todos os dias, e ultimamente é impressionante a quantidade de gente que está chegando agora, querendo o tal “projeto verão”. Todo mundo buscando resultado rápido.
A pergunta que fica é simples: o resultado vem a curto prazo?
A resposta é ainda mais simples: não vem.
Resultado é consequência de consistência — de treino frequente, de preparo, de acompanhamento profissional. Não dá pra querer corpo definido, condicionamento ou saúde em poucas semanas.
É um processo. É o tempo que o corpo leva pra se adaptar, reagir, responder. E no marketing é igual.
Marketing é como treino: resultado vem da constância
Muita gente ainda acha que resultado é algo que se compra, que aparece da noite pro dia.
Basta abrir o Instagram pra ver as promessas milagrosas: “Em 60 dias sua empresa vai bombar de leads.” “Vou dobrar seu faturamento.” “Vou transformar seu marketing em uma máquina de vendas.”
É o mesmo discurso do “emagreça 10 quilos em 15 dias”. O mesmo tipo de promessa vazia.
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Claro, se a empresa está parada há meses, sem fazer nada, qualquer movimento já gera algum efeito. Criar conteúdo, impulsionar uma campanha, ajustar uma estratégia… tudo isso dá um impacto inicial.
Mas é só um efeito de curto prazo. O verdadeiro resultado vem com constância, análise, ajuste e paciência.
Assim como na academia. Assim como na corrida.
A corrida e o marketing: o poder da comunidade e da disciplina
Aliás, falando em corrida — é incrível ver o tanto de gente nas ruas. A corrida de rua virou tendência. Não só por saúde, mas por estilo de vida, relacionamento, descontração.
Curioso, né? Um esporte que nasceu solitário, mas virou coletivo. As pessoas treinam juntas, compartilham planilhas, contratam assessorias. Isso cria comunidade.
E o marketing, quando é bem feito, também é assim: é coletivo, é construção, é relacionamento.
Uma empresa que volta a investir em marketing depois de muito tempo até pode ver resultados rápidos, mas eles não se sustentam se o trabalho não for contínuo e planejado.
Resultado real é o que se mantém — aquele que cresce devagar, mas de forma sólida.
E aí entra o ponto que eu mais gosto de defender: o marketing não convencional, que nada mais é do que fazer o básico bem-feito.
Parece simples, mas não é. O que mais vejo é gente falando sobre inovação, disrupção, ser diferente — mas a maioria não faz nem o básico direito. E sem o básico, nenhuma inovação se sustenta.
O básico bem-feito é o que estrutura qualquer resultado. É ter clareza de posicionamento, entender o público, manter constância na comunicação, saber o que quer transmitir e entregar valor de verdade.
É isso que constrói marca forte.
O marketing não convencional é fazer o básico bem-feito
Pra mim, o marketing não convencional é isso: deixar de cair na armadilha do imediatismo, fazer o simples com excelência, ter plano, base sólida e coerência entre o que se fala e o que se faz.
Muita empresa busca atalho — mas, em marketing, assim como na academia, atalho é autoengano.
Você até pode ter um pico de resultado, mas ele desaparece na mesma velocidade. O que fica é o que foi construído com consistência.
Empresas são como pessoas. São feitas de tempo, de processo, de maturidade. E, quando tentam acelerar demais, acabam perdendo essência, propósito, identidade.
O verdadeiro diferencial não está em lançar algo mirabolante, mas em entender profundamente o que se faz, por que se faz e pra quem se faz.
É aí que mora o “não convencional”.
Ser consistente é o novo ser diferente
Num mercado onde todo mundo tenta parecer inovador, ser consistente virou o novo diferente.
As academias cheias nessa época são uma boa metáfora: tem gente com pressa, tentando resolver em semanas o que levou anos pra construir.
Mas quem realmente muda o corpo, a saúde e o estilo de vida é quem entende que resultado é consequência, não milagre.
No marketing é igual: resultado é consequência de estratégia, consistência e execução bem-feita.
Então, da próxima vez que você vir um anúncio prometendo o impossível, pense: isso é treino de verão ou rotina de atleta?
A diferença tá aí — a constância é o que separa quem fala de quem faz.
E, no fim das contas, tanto na academia quanto no marketing, o que mais importa não é a pressa, é o processo.
Porque é o processo que ensina, amadurece e constrói. E é ele que, com o tempo, entrega o verdadeiro resultado.
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