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Chegada definitiva de carros chineses no Brasil: BYD, Caoa-Chery e The Great Wall Motors


O mercado automotivo brasileiro é historicamente marcado por algumas características: marcas tradicionais, veículos caros e desconfiança do consumidor quanto ao produto.
Essa realidade marcou os últimos 15 anos da indústria, em que novas marcas tentaram se posicionar no Brasil e não conseguiram o resultado pretendido – especialmente as chinesas.
Dentro dessa lista podemos lembrar dos importados da Lifan, Geely e JAC Motos, que por volta de 2010 chegaram com a proposta de serem mais completos e mais baratos que os carros produzidos no Brasil.
Contudo, muita coisa mudou nesse período, com destaque para a fortíssima eletrificação dos veículos produzidos na China, junto da evolução deles.
Sob a ótica do cenário brasileiro, a realidade é que atualmente temos a BYD com seis veículos eletrificados em nosso mercado, com perspectiva de produção nacional.
Junto a ela, a Caoa-Chery, que inclusive já produz nacionalmente, com o destaque para a presença de eletrificação em toda a sua linha.
Por fim, o grupo chinês The Great Wall Motors, que comprou a antiga fábrica da Mercedes-Benz no Brasil, e em 2024 terá a produção de seus primeiros modelos.
Merece atenção que esses três grupos possuem força na China, e com destaque naquilo que toda a indústria está buscando: eletrificação.
O resultado é que, diferente dos anos 2010, em que os veículos chineses chegaram para ser os mais baratos, hoje eles chegam com mais tecnologia pelo mesmo preço, e prometem abocanhar um considerável marktshare dentro dos seus respectivos segmentos!
Assim, com produção nacional, eletrificação e tecnologia de ponta, trata-se de uma questão de tempo para os chineses ganharem cada vez mais volume em nosso mercado!
Sobre o autor

Mateus Afonso (@mateussafonso) é especialista em mobilidade sustentável, Mateus é fundador da Eletricarbr e Palestrante sobre carros elétricos e híbridos. Com mais de 50.000 km rodados com carros eletrificados, o “futuro dos carros passa por zerar as emissões”.