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Abel Ferreira: o dono da verdade absoluta


Por Mauro Mueller
Repórter faz a pergunta: “futebol… querendo ou não, às vezes é matemático e você consegue suprir essa ausência dentro desse desenho, de maneira que hoje parecia que era 11 contra 11 até o final do jogo”.
O técnico Abel Ferreira responde: “é por isso que eu sou treinador e vocês são jornalistas. Se quiserem ser treinadores, vão à CBF, fazem o curso e sentam-se no meu lugar. Isto que vocês têm que fazer”.
Já não é a primeira vez que o treinador português se comporta assim quando responde a uma pergunta numa coletiva de imprensa. Fico pensando se o treinador não estaria com vontade de deixar o Brasil, já meio de saco cheio de nós. Ou se, por acaso, querendo umas férias, por estar tão encucado, ou como dizem os portugueses: ele está meio “pancada na mola”.
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Vamos combinar que antes da pergunta o repórter carioca faz um elogio ao fato de o técnico conseguir suprir a falta de um jogador expulso e o time nem parecer jogar com um a menos.
Se eu fosse amigo do Abel, eu avisaria a ele que, falando deste modo com os repórteres, ele está cultivando antipatias. Porque ninguém é dono da verdade absoluta, muito menos terá razão, tratando as pessoas com esta falta de respeito.
Sobre o autor

Filho de radialista, Mauro Mueller (@mauromueller) começou sua carreira no rádio, aos 14 anos e já trabalhou nas principais emissoras de Curitiba e São Paulo. É músico, compositor, poeta, cronista e contista. Também é palhaço e ator. A sua relação com o jornalismo esportivo começou em 2001, quando coordenava a Rádio Transamérica de Curitiba e implantou um projeto inovador para o rádio esportivo. Está no Show de Bola desde sua estreia, em 2010.