Mal da Bets

Apostas em bets adiam entrada de jovens na faculdade

Pesquisa mostra que dívidas com jogos online atrasam os planos de jovens brasileiros para ingressar no ensino superior.

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Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES) revelou que jovens do país todo demoraram mais para entrar no ensino superior por causa dos gastos com apostas em bets e jogos do tigrinho.

O levantamento mostra que maior parte dos apostadores são homens entre 24 e 35 anos, com ensino médio, que trabalham e que têm o salário mensal como única fonte de renda.

Região mais afetada pelos gastos com bets e jogos do tigrinho é o Nordeste

A região mais afetada pelos gastos com apostas é o Nordeste, onde 44% dos jovens entrevistados afirmaram que não deram início aos estudos em 2025 por causa das dívidas feitas em jogos.  O Sudeste vem logo a seguir com 41%. Na região Norte, este percentual é de 26%, no Centro-Oeste, 18% e, no Sul, 17%.

A pesquisa também mostra que as apostas em bets provocam impactos na vida de que já faz um curso superior: 14% dos estudantes afirmam que já tiveram que atrasar a mensalidade ou até trancar a matrícula por causa das dívidas geradas pelos jogos.

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Apostas em bets também podem comprometer futuro dos estudos

Quando a pergunta é sobre o impacto futuro deste tipo de gasto, 34% dos estudantes afirmam que terão que parar com as apostas para ingressar numa faculdade. Quando o recorte leva em conta apenas as classes D e E, que têm até R$ 1.000 de renda familiar média, este índice sobe para 43%.

O levantamento também mostra que as apostas ainda reduzem os investimentos dos jovens em atividades físicas, saúde e lazer. Grande parte dos entrevistados afirmam que deixam até de sair com amigos por causa das apostas.

A pesquisa foi feita em parceria com a empresa Educa Insights e ouviu 11.762 pessoas na população-alvo do ensino superior, entre 18 e 35 anos. As entrevistas foram feitas em todas as regiões do país durante o último mês de março.