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Instituição atribui queda do lucro às mudanças contábeis e ao aumento das provisões para calotes.
O lucro do Banco do Brasil (BB) 2025 caiu 60,2% no terceiro trimestre após ser pressionado pelas novas regras contábeis e pelo aumento da inadimplência.
De julho a setembro de 2025, o Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,785 bilhões, segundo balanço divulgado na noite desta quarta-feira (12).
Nos nove primeiros meses do ano, o BB acumulou lucro de R$ 14,943 bilhões, queda de 47,2% em comparação ao mesmo período de 2024. No ano passado, o banco havia alcançado lucro recorde de R$ 37,9 bilhões.
Na comparação trimestral, o resultado ficou praticamente estável. Entre abril e junho, o lucro foi de R$ 3,784 bilhões.
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Em nota, o Banco do Brasil destacou que a geração de receitas vem crescendo, apesar do cenário de inadimplência mais alto. Segundo a instituição, o programa Crédito do Trabalhador, que unifica a contratação de crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada, contribuiu para o aumento das receitas com operações de crédito.
“O crescimento da margem financeira bruta no trimestre foi impulsionado principalmente pelos negócios com clientes, com destaque para as operações de crédito e a boa gestão da liquidez”, informou o BB.
Desde janeiro, está em vigor uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que alterou o modelo de contabilidade das instituições financeiras. A mudança passou a exigir o cálculo de provisões com base na perda esperada, afetando diretamente o reconhecimento de receitas e despesas.
Com a adoção do regime de caixa para receitas de juros de operações em atraso superior a 90 dias (estágio 3), o Banco do Brasil deixou de reconhecer cerca de R$ 1 bilhão em receitas de crédito.
O índice de inadimplência do banco, que considera atrasos acima de 90 dias, subiu para 4,93% no terceiro trimestre. No mesmo período de 2024, o índice era de 4,21%, e em 2023, de 3,33%. O aumento aconteceu, principalmente, pelas operações do agronegócio e pela linha de cartões de crédito.
Diante da queda nos resultados, o BB revisou as projeções para o próximo ano. As novas estimativas indicam lucro líquido ajustado entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões, abaixo da previsão anterior, de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões.
O custo do crédito, que representa as perdas esperadas com inadimplência, deve ficar entre R$ 59 bilhões e R$ 62 bilhões, acima da faixa anterior de R$ 53 bilhões a R$ 56 bilhões.
A carteira de crédito ampliada do BB encerrou setembro em R$ 1,279 trilhão, queda de 1,2% no trimestre, mas alta de 7,5% em 12 meses. O recuo foi impulsionado pela menor demanda por crédito empresarial.
As receitas de prestação de serviços somaram R$ 8,863 bilhões no trimestre, alta de 1,3% em relação ao segundo trimestre, mas queda de 2,6% em 12 meses. As maiores altas vieram das linhas de fundos (+7,1%), seguros, previdência e capitalização (+5,8%) e consórcios (+6,3%).
As despesas administrativas somaram R$ 9,812 bilhões, aumento de 1,4% frente ao trimestre anterior e de 4,7% em relação a 2024. O banco atribui a elevação ao reajuste salarial de 4,6% concedido no ano passado e aos investimentos em tecnologia, inteligência artificial e cibersegurança.
Em julho, o Banco do Brasil reduziu de 40% para 30% a fatia do lucro destinada ao pagamento de dividendos. O Relatório Bimestral de Receitas e Despesas do governo também reduziu a projeção de dividendos das estatais em 2025, de R$ 43,4 bilhões para R$ 41,9 bilhões.
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