Condomínios Industriais transformam economia em Ibiporã

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Uma iniciativa inédita no Paraná que transformou a economia de uma cidade. O ano era 2011. Ibiporã inaugurava o primeiro condomínio industrial fechado: uma área de 235 mil metros quadrados, às margens da BR-369, ligação com as regiões sul e oeste do Paraná e com o Estado de São Paulo.

No mesmo ano, foi inaugurado o segundo condomínio às margens da PR-090. Mais 480 mil metros quadrados de área e uma estrutura de primeiro mundo para atrair indústrias dos mais diversos segmentos.

Condomínios industriais são fonte de empregos e riqueza para Ibiporã

Passados mais de 10 anos, o resultado é um sucesso! Mais de 80 empresas instaladas e quase 5 mil empregos diretos, somando os dois condomínios.

Reflexo direto na economia de Ibiporã: só nos primeiros seis meses deste ano foram 5.500 contratações na cidade. O Produto Interno Bruto do município atingiu R$ 3,3 bilhões, dos quais 22,5% vêm do setor industrial.

E teve quem a creditou em toda essa expectativa lá atrás. A indústria de alimentos Pratic Leve foi a primeira a se instalar no condomínio industrial. Para uma empresa que começou em 1990, com três funcionários em uma área de 50 metros quadrados, poder se instalar em uma área de 18 mil metros quadrados e gerar mais de 100 empregos é a melhor resposta de quem acredita em Ibiporã.

“Eu tinha o sonho de colocar a empresa em um local próprio. Conheci o prefeito, e ele me trouxe pra mostrar algumas áreas destinadas a instalações industriais. E me agradou. Na época, não foi fácil. As pessoas viam um sonho, não viam a realidade” – relembra o empresário Rogério Chineze.

Primeiro condomínio criado na cidade tem 25 industrias instaladas

“A partir do momento em que a minha empresa foi a primeira a se instalar, e o pessoal viu que já existia alguma coisa de concreto, aí foi se tornando um pouco mais fácil. Hoje, na verdade, a gente nem tem mais espaço aqui no condomínio. Já temos 25 empresas funcionando, cinco estão em ampliação e mais tem três que vão se instalar”, explica o empresário.

O que começou com a produção de batata palha, hoje inclui também farofa crocante, pipoca gourmet e salgadinhos. E o que sai aqui de Ibiporã, está ganhando o mundo, com exportação para os estados unidos e países da América do Sul e Europa.

“Quando nós viemos pra cá, nós tínhamos em torno de 25 a 30 colaboradores. Hoje, nós estamos com 120. Automatizamos a linha toda. Para isso foi fundamental estar investindo numa planta que é nossa. Você faz investimento que você sabe que não tem que mudar de endereço logo em seguida. Quando nós compramos o terreno, a gente já previa uma expansão futura. Eu não achava que seria tão rápido, mas Deus nos abençoou muito, e a gente já conseguiu fazer três ampliações. Nós temos um pouco de espaço ainda e acredito que, com o passar do tempo, a gente possa fazer estes investimentos” – afirma Chineze.

Empresa investiu R$ 300 milhões e gera 220 empregos diretos

A Gelprime é outra empresa de sucesso a investir em Ibiporã. Com a produção de colágeno hidrolisado e gelatina de origem bovina para indústrias farmacêutica e alimentícia. Um investimento que pode chegar a 300 milhões de reais.

“Procuramos, procuramos, procuramos e o melhor terreno que conseguimos achar foi aqui, dentro do município de Ibiporã. A prefeitura nos ajudou a procurar, nos ajudou a identificar os donos pra conseguir conversar, auxiliou na negociação. É uma parceria que já tem mais de uma década” – Vinícius Vanzella

Mesmo enfrentando uma pandemia em meio ao processo de implantação da indústria, o apoio da prefeitura foi fundamental. Em 3 meses, após o início das operações, a produção já saía de Ibiporã para o mundo.

Extremamente desburocratizado. O que a gente pedia de manhã, logo após o almoço, já tinha reposta. Se não tinha o documento que precisava, a prefeitura entendia a demanda, pedia um prazo e conseguia atender” – Vinícius Vanzella, Ceo da Gelprime. A planta industrial conta com equipamentos modernos e processos automatizados, que ainda assim geram 220 empregos diretos.

E vem mais por aí! Com um projeto de expansão, que vai saltar a produção de 8 mil para 30 mil toneladas por ano. “Quando a gente chegar a 30 mil toneladas, essa será a maior planta em um único lugar deste tipo de produto no mundo. Estamos acreditando na cidade, no Estado e no mercado” – comemora Vanzella.

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