Finanças

Impostômetro 2025: Brasileiro já pagou mais de R$ 2 trilhões de impostos

Cálculo ultrapassa valores de 2024. Déficit público nacional também cresce, e gastos já somam R$ 2,58 trilhões

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A arrecadação de impostos no Brasil ultrapassou os R$ 2 trilhões de reais neste final de semana. O cálculo é do Impostômetro, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que estima em tempo real o montante arrecadado por União, Estados e Municípios.

Este total soma os valores dos impostos, taxas e contribuições pagos desde o começo do ano.

Montante foi alcançado pelo Impostômetro 2025 com 20 dias de antecedência

Em 2024, o Impostômetro alcançou a marca dos R$ 2 trilhões no dia 24 de julho, 20 dias mais tarde que agora. E ano após ano, este montante é atingido cada vez mais cedo. Ou seja, o volume de impostos cresce a cada ano que passa.

Mas esta gigantesca arrecadação não tem sido suficiente para satisfazer a máquina pública brasileira. Outra ferramenta mantida pelas associações comerciais, o Gasto Brasil mostra que o total de gastos governamentais do país já atingiu R$ 2,58 trilhões de reais. O que representa um déficit superior a 25%.

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Impostômetro também mostra quanto brasileiro precisa trabalha para pagar gastos do governo

A ferramenta da ACSP também estima quantos dias o brasileiro precisa trabalhar para pagar os impostos cobrados da população. Durante a pandemia, houve uma queda no número de dias necessários para quitar os valores de impostos e taxas. De 153 dias caiu para 147 em 2023, mas no ano passado, este número subiu para 149 e deve subir mais ainda em 2025.

Os economistas afirmam que o aumento da arrecadação não é necessariamente ruim. Ele é também uma consequência do crescimento econômico. Quanto maior a produção nacional de bens e serviços, maior é a arrecadação. Mas também pode gerar mais inflação, quando o governo cria ou sobe o valor impostos ou ainda quando acaba com isenções em setores importantes para a economia do país.

A velocidade com que o Brasil atinge marcas bilionárias de arrecadação chama atenção e coloca em debate a eficiência da gestão pública, o uso dos recursos arrecadados e a necessidade de reformas estruturais no sistema tributário.