SEM AUMENTO REAL

IPTU Curitiba 2026: cerca de 80% dos imóveis terão reajuste pela inflação

O IPTU vai incidir sobre 980 mil unidades tributárias em 2026

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Foto: Pedro Ribas/SECOM

A Prefeitura de Curitiba publicou na sexta-feira (19) o decreto que define as regras do IPTU em 2026. Assinado pelo prefeito Eduardo Pimentel, o Decreto 2668/2025 estabelece a nova Planta Genérica de Valores (PGV), base de cálculo do imposto. A principal informação para os contribuintes é que 80% dos imóveis da cidade terão o imposto reajustado apenas pela inflação, sem aumento real.

Ao todo, o IPTU de Curitiba em 2026 vai incidir sobre 980 mil unidades tributárias. O vencimento da primeira parcela será em 20 de março, com opção de pagamento à vista ou parcelamento em até dez vezes.

Pagamento do IPTU Curitiba 2026

Dos 980 mil imóveis tributados:

  • 135 mil estão isentos do IPTU, por terem até 70 metros quadrados de área construída e valor venal de até R$ 232 mil;
  • 784 mil imóveis terão apenas a correção pelo IPCA, índice oficial da inflação;
  • Apenas cerca de 61 mil imóveis terão valores ajustados pela nova PGV.

Ou seja, a grande maioria dos contribuintes não terá aumento acima da inflação em 2026. A atualização da Planta Genérica de Valores é uma exigência legal e precisa ocorrer no primeiro ano de cada gestão municipal.

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Além disso, o decreto atende à Reforma Tributária, prevista na Emenda Constitucional 132/2023, que permite que a atualização da PGV seja feita por decreto do Executivo, desde que os critérios estejam definidos em lei. Os critérios foram aprovados no início de dezembro pela Câmara Municipal de Curitiba.

Por que a maioria não terá aumento real

Segundo o diretor de Rendas Imobiliárias da Secretaria de Planejamento, Finanças e Orçamento, Sergio Luiz Primo, a maior parte dos imóveis da cidade já teve seus valores revisados recentemente.

“Com a PGV anterior, de 2022, todos os imóveis da cidade passaram por revisão. Foi uma atualização muito bem estruturada e atualmente a grande maioria já está com valores compatíveis com o praticado no mercado. Então a correção do IPTU será apenas pela inflação, que é prevista em lei, para mais de 80% dos imóveis da cidade”, explicou.

A atualização da PGV vai atingir apenas imóveis que ainda estavam com valores desatualizados, além de novos empreendimentos, edificações recentes, loteamentos ou imóveis que passaram por unificação.

Limite para evitar aumentos altos no IPTU

Para evitar aumentos elevados de uma só vez, a prefeitura manteve limites de reajuste, seguindo a mesma regra adotada na atualização anterior.

Entre 2026 e 2029, o aumento anual do IPTU de Curitiba não poderá ultrapassar 18% mais a inflação, com exceção dos casos em que o valor final seja inferior a R$ 290. A ideia é que eventuais correções ocorram de forma gradual.

O que é considerado na revisão dos valores

A revisão da PGV leva em conta fatores como:

  • variação do mercado imobiliário;
  • melhorias urbanas;
  • mudanças no zoneamento da cidade;
  • custo básico da construção;
  • outros critérios técnicos previstos na legislação municipal.

Com isso, a prefeitura afirma que o IPTU 2026 mantém equilíbrio entre atualização legal e impacto reduzido para a maior parte dos contribuintes.

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