Novos valores

Petrobras reduz preço do gás, mas consumidor pode não sentir

Distribuidoras pagarão 14% a menos, mas o cálculo do custo final depende de outros fatores.

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Foto: André Motta de Souza / Agência Petrobras

A Petrobras anunciou uma redução de 14% no preço do gás natural vendido às distribuidoras a partir do dia 1º de agosto.

A queda vale para contratos com reajuste trimestral e atinge o valor da chamada “molécula do gás”, que é a parte principal da composição do preço.

Queda no preço do gás pode não ser sentida pelo consumidor

Apesar da redução anunciada pela Petrobras, o consumidor final pode não perceber esse desconto na conta de gás. Isso porque o valor cobrado de residências, comércios e veículos que utilizam GNV não depende apenas da molécula.

Outros fatores também entram no cálculo, como:

  • custos de transporte até os estados;
  • impostos federais e estaduais;
  • modelo de fornecimento adotado por cada distribuidora;
  • e margens de lucro das distribuidoras e revendedoras.

Além disso, as distribuidoras estaduais precisam solicitar uma revisão nas tarifas junto às agências reguladoras locais para que qualquer mudança chegue até o consumidor.

Por isso, o repasse do desconto pode demorar e não ser proporcional à queda anunciada pela Petrobras.

O que motivou a queda no preço do gás natural?

A queda no preço do gás natural foi motivada por dois fatores principais: a redução de 11% no valor do barril do petróleo tipo Brent e a valorização de 3,2% do real em relação ao dólar.

Esses dois indicadores fazem parte da fórmula que a Petrobras usa para definir os preços cobrados das distribuidoras.

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Desde dezembro de 2022, o valor da molécula do gás acumula uma queda de cerca de 32%, que pode passar de 33% com os incentivos aplicados em 2024.

Mesmo assim, essa redução nem sempre chega ao consumidor, justamente por causa dos outros custos incluídos na tarifa.

Vale lembrar que essa medida não afeta o preço do gás de cozinha (GLP), que segue outra política de preços e tem um sistema de distribuição diferente.

A Petrobras explicou que sua política de reajuste trimestral reflete as variações do preço internacional do petróleo e da cotação do dólar, garantindo uma atualização periódica conforme as condições de mercado.

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