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Medida tenta evitar demissões. Empresas suspenderam embarques e paralisaram parte da produção após anúncio dos EUA.
O setor madeireiro do Paraná já enfrenta problemas com as tarifas de 50% anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump. A cobrança sobre os produtos brasileiros está prevista para começar no dia 1º de agosto, mas apenas o anúncio foi suficiente para gerar uma série de problemas. Algumas empresas, começam a adotar medidas para evitar demissões como a concessão de férias coletivas.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), as empresas do setor enfrentam um cenário de grande insegurança. A maioria dos contratos com os importadores norte-americanos estão sendo cancelados e muitos embarques foram suspensos.
A preocupação com as tarifas impostas pelo presidente americano é ainda maior em alguns segmentos específicos do setor, que vendem 100% da produção exclusivamente para os EUA. “Por isso, desde o anúncio da possível taxação pelos Estados Unidos, instalou-se a insegurança no mercado, levando o nosso setor ao início de um colapso” – explica a associação em nota.
A entidade diz que o setor madeireiro exportou cerca de US$ 1,6 bilhão apenas para os EUA em 2024, “o que representa uma dependência do mercado norte-americano de uma média de 50% da produção nacional”.
O receio se estende inclusive aos produtos que já foram despachados. Atualmente, “o setor possui, aproximadamente, 1.400 contêineres com produtos já embarcados e em trânsito marítimo para os Estados Unidos. Além disso, em torno de 1.100 contêineres estão posicionados em terminais portuários aguardando embarque” – informa a Associação.
Após o anúncio de aumento das tarifas para produtos brasileiros, pelo menos duas grandes empresas do setor paralisaram parte da produção por causa da suspensão ou cancelamento de contratos com clientes americanos.
A Millpar, que produz molduras, rodapés, painéis e outros itens de madeira, deu férias coletivas de 15 dias a 640 funcionários da fábrica que mantém em Guarapuava, região central do Paraná. Isso representa mais da metade dos 1.109 empregados da empresa, que tem outra unidade em Quedas do Iguaçu.
A BrasPine, indústria especializada na produção de molduras de madeira e pellets também decidiu conceder férias coletivas. Setecentos funcionários da empresa instalada em Jaguariaíva, nos Campos Gerais do Paraná. serão divididos em dois grupos: o primeiro deles entra em férias no dia 28 de julho por 30 dias. Assim que este grupo retornar ao trabalho, começa o período de férias da segunda equipe.
As férias coletivas são uma medida emergencial para evitar demissões até que a situação se defina. Mas, por hora, as perspectivas não são nada positivas.
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Hoje de manhã, em entrevista à rádio CBN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro mantém a intenção de negociar com as autoridades americanas, mas diante da falta de retorno (nenhuma das duas cartas enviadas pelo Brasil foi respondida até agora), ele admitiu que já trabalha com a possibilidade de que as tarifas comecem mesmo a ser cobradas no dia primeiro.
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