Educação e Infraestrutura: efeitos práticos

Por Renato da Costa

É muito comum a discussão a respeito da infraestrutura das escolas no Brasil. Sabemos da urgência na construção, ampliação, modernização e compra de equipamentos principalmente para a educação básica do nosso país. Como diz o velho e bom ditado popular “uma casa se constrói pela base”.

Diante disso, o desafio é considerado hercúleo, isto é, um esforço grandioso. Muitas escolas públicas estão longe de oferecer uma estrutura que interfira positivamente no processo de ensino aprendizagem dos alunos. Paredes vandalizadas, pintura velha, infiltrações nas paredes, falta de ventiladores nas salas de aula, sala do professores sem condições de promover reuniões e discussões propositivas, faltam banheiros adequados e com acessibilidade, espaço adequado para promover uma feira de exposição, laboratórios de ciências equipados, bibliotecas fartas de livros e revistas especializadas em educação, laboratórios de informática com manutenção preventiva, quadras esportivas com as marcações dos esportes tradicionais, espaços para a recreação, etc.

Lembrando ainda que, na falta de espaços próprios, as escolas devem ter opções de parcerias com clubes ou associações locais que possuam espaço físico suficiente para atividades escolares. Em relação as políticas públicas, falta interesse e competência dos representantes legais em elaborar projetos que deem incentivos fiscais aqueles que possam oferecer parcerias com as escolas públicas do município e do estado.

Um espaço adequado para a prática de exercícios e atividades ajuda significativamente na exposição de regras, conceito de derrota e vitória, resolução de problemas, a percepção dos limites do corpo humano, capacidade de raciocínio, a empatia e respeito as limitações dos colegas. A atividade física somada às brincadeiras faz parte do processo de socialização e aprendizagem das crianças e dos adolescentes.

O desenvolvimento intelectual está associado a prática de esporte e as atividades físicas, logo, a infraestrutura das escolas afeta diretamente o trabalho dos professores e, em consequência disso, no processo de ensino aprendizagem. A educação não se limita apenas a troca de informações e conteúdos em sala de aula, pelo contrário, o ambiente em geral é que instiga o aprendizado individual e coletivo.

Sobre o autor

Renato da Costa é graduado em Administração, pós-graduado em Administração Estratégica, Mestre e Doutor em Administração, com estágio de Pesquisa e Docência na Universidad Jaume I no Sul da Espanha em 2017, Pós-Doutorando em Gestão Urbana. É membro da ACCUR-Academia de Cultura de Curitiba, membro associado da Academia Paranaense da Poesia, professor há 17 anos, escritor.