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Barry Jenkins diz que temeu filmar drama sobre escravidão “The Underground Railroad”

Barry Jenkins participa de evento do Oscar em Beverly Hills
Barry Jenkins participa de evento do Oscar em Beverly Hills

Por Lisa Keddie

LONDRES (Reuters) – Diretor de “Moonlight – Sob a Luz do Luar”, Barry Jenkins migrou para a televisão para uma adaptação de “The Underground Railroad – Os Caminhos para a Liberdade”, romance vencedor do Prêmio Pulitzer, um projeto que o vencedor do Oscar disse ter temido desde o início.

O cineasta, de 41 anos, leu uma cópia da história angustiante de Colson Whitehead antes de seu lançamento, em 2016, e ficou encantado em sua jovem protagonista, a escrava negra Cora, e sua busca pela liberdade em uma plantação no Estado norte-americano da Geórgia.

Transcorrida no sul profundo do século 19, a série em 10 partes lançada na Amazon Prime Video em 14 de maio é a maior empreitada televisiva de Jenkins até o momento, e conta com imagens assombrosas e aflitivas da brutalidade da escravidão.

“Tanto a escala quanto a abrangência da história quanto a natureza delicada do assunto, acho que por muitas razões diferentes era algo a temer”, disse Jenkins à Reuters em uma entrevista.

“Mas acho que isso é uma coisa boa. Como artista, se você não fica algo assustado com o que está fazendo, então a coisa que você está criando não vai ajudar você a se expandir ou evoluir”.

A trama acompanha Cora, interpretada pela atriz sul-africana Thuso Mbedu, quando ela descobre a “ferrovia subterrânea”, uma rede secreta de trilhos, e embarca em sua jornada, viajando de Estado a Estado.

“A série, no final das contas, fala de sobrevivência. Fala de triunfo, de uma certa maneira, mas ela brota deste trauma que é muito real e precisa ser reconhecido”, disse Jenkins.