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CPI das Bets cita Deolane em esquema de organização criminosa

De acordo com o relatório, apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), há indícios de que Deolane tenha ligações com a plataforma de apostas Zeroumbet.

CPI das Bets
Foto: Reprodução/Instagram

O relatório da CPI das Bets no Senado incluiu a advogada e influenciadora Deolane Bezerra na lista de pessoas que devem ser investigadas. O documento sugere que ela teria envolvimento em crimes como jogo de azar, loteria não autorizada, estelionato, lavagem de dinheiro e integração de organização criminosa.

Relação com a Zeroumbet

De acordo com o relatório, apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), há indícios de que Deolane tenha ligações com a plataforma de apostas Zeroumbet. Embora a advogada tenha deixado formalmente a sociedade da empresa, ela continuaria atuando como uma das responsáveis, participando inclusive de campanhas publicitárias.

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O texto aponta que Deolane Bezerra divulgava de forma enganosa que a Zeroumbet tinha autorização para atuar em todo o território nacional, quando, na realidade, a empresa possuía permissão apenas da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro), válida exclusivamente para o estado do RJ.

“Ao operar em outros estados brasileiros sem a devida autorização nacional, os administradores da Zeroumbet, incluindo Deolane Bezerra (pela suspeita de ser a verdadeira dona), cometeram, em tese, as contravenções penais de jogo de azar e loteria não autorizada”, afirma o relatório.

Acusações de organização criminosa

Ainda segundo a CPI, a Zeroumbet teria sido utilizada como instrumento para repasse de recursos de origem duvidosa. O relatório destaca que a ocultação do verdadeiro papel de Deolane Bezerra na empresa, com o uso de “laranjas” e contratos de publicidade, pode configurar lavagem de dinheiro.

Além das suspeitas já citadas, o relatório sugere que Deolane teria conexões financeiras e contratuais com pessoas e empresas investigadas ou indiciadas por envolvimento em organizações criminosas, segundo informações de operações policiais paralelas.

Vale destacar que a CPI não tem poder para indiciar formalmente. O relatório será agora encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se apresentará ou não uma denúncia formal.