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Venda de Íris no Brasil? Entenda como funciona o projeto World

Embora o objetivo seja distinguir humanos de inteligências artificiais, a iniciativa também tem gerado controvérsias e preocupações sobre a privacidade dos dados

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O projeto World, lançado em 2023, está ganhando destaque no Brasil e em outros países. Liderado por Alex Blania e Sam Altman, CEO da OpenAI, o projeto propõe uma forma inovadora de “prova de humanidade” através do registro da íris dos usuários.

O Que é o World?

Embora o objetivo seja distinguir humanos de inteligências artificiais, a iniciativa também tem gerado controvérsias e preocupações sobre a privacidade dos dados.

O World, inicialmente conhecido como Worldcoin, é uma rede blockchain com sua própria criptomoeda, a worldcoin. O objetivo do projeto é criar um sistema que ajude a identificar indivíduos reais por meio de um registro biométrico da íris, utilizando um dispositivo chamado Orb.

Depois de realizar o registro, os participantes recebem um World ID e a promessa de serem identificados como humanos em vez de IA.

Como funciona o registro de Íris?

O processo de registro é simples. Os usuários visitam um local autorizado, onde a íris é escaneada por uma câmera especializada do Orb.

Em seguida, recebem uma recompensa em worldcoins, a criptomoeda do projeto. Cada worldcoin está avaliado em US$ 2, e a recompensa é paga de forma dividida: metade após o registro e o restante ao longo de 12 meses. A partir do aplicativo do projeto, os usuários podem sacar a quantia recebida.

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Preocupações com privacidade e críticas ao projeto

Apesar da popularidade do World, o projeto enfrenta críticas severas, principalmente em relação à coleta e ao armazenamento dos dados biométricos. A íris é considerada uma informação sensível, e especialistas alertam sobre os riscos de vazamento ou uso indevido desses dados. Alguns países já tomaram medidas contra o World por preocupações com a privacidade e a segurança dos dados.

Na Espanha, por exemplo, o projeto foi proibido devido à falta de clareza sobre o uso dos dados. Portugal também anunciou a proibição de suas operações, enquanto na Coreia do Sul o World foi multado em US$ 830 mil por violar leis de privacidade.

Em resposta às críticas, o World afirma que a íris dos usuários é deletada imediatamente após o escaneamento e substituída por um código único. A empresa também destaca que não armazena ou utiliza os dados biométricos para outros fins. No Brasil, o projeto se comprometeu a colaborar com as autoridades locais para esclarecer suas práticas e garantir que está em conformidade com a legislação.