Segurança
Bebê baleado em chacina no Portão passa por cirurgia; sobrevivente detalha ataque
Alisson Bueno Miranda, o bebê de menos de um ano que foi um dos sobreviventes da chacina no bairro Portão, em Curitiba, na noite de segunda-feira (7), também ficou ferido. As informações iniciais diziam que ele não havia sido baleado, porém, conselheiros tutelares de uma casa de abrigo para qual a criança foi levada constataram que ela estava com um projétil no pé.
O bebê foi levado para um hospital da capital. Ele fez uma cirurgia e passa bem. Na chacina, Alisson perdeu toda a família. Ele estava com quatro adultos e mais duas crianças no carro. O pai, Anderson Olímpio Bueno Miranda, de 28 anos, e a mãe, Bruna Bispo Dias, de 20 anos, morreram na hora com os tiros. O outro filho de Bruna, Guilherme Bispo, de apenas dois anos, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.
Além das três vítimas, outra criança morreu. Christopher Augusto Vaz, de sete anos, era filho de Chaiane Kania Vaz, uma das sobreviventes do atentado.
Sobrevivente fala sobre o caso
Chaiane era esposa de Ivan Ribeiro Toginsk, motorista do veículo que conseguiu escapar após sair do carro e fugir para uma residência. Ele levou tiros no braço e nas costas.
Em entrevista exclusiva para o programa Tribuna da Massa Curitiba, Ivan confirmou que ele e Chaiane conheciam Anderson há pouco tempo e seriam padrinhos do filho dele. Eles deram uma carona para a vítima encontrar um homem conhecido apenas como “Jackson”.
Ivan conta que tudo foi muito rápido. O carro em que eles estavam parou no acostamento, e Anderson desceu. Menos de dois minutos depois, Ivan percebeu o veículo dos atiradores chegando e logo sentiu os tiros. “Olhei para trás e vi três ou quatro pessoas atirando na gente”.
Na hora, Ivan tentou proteger Chaiane e ouviu ela gritando para o filho Christopher se abaixar. A criança, porém, morreu na hora. O homem então tentou fugir e escapou entrando em uma residência. “Sinto muito pelo menino. Era meu enteado e vai deixar muitas saudades”, diz Ivan.
Segundo a Polícia Civil, os atiradores efetuaram mais de 50 disparos de armas calibre 9 mm contra o carro das vítimas. O crime deve ter relação com a guerra de facções criminosas na região.