Segurança

Café arábica recua na ICE diante de desvalorização do real

Trabalhador seleciona grãos de café arábica em Poços de Caldas (MG)
Trabalhador seleciona grãos de café arábica em Poços de Caldas (MG)

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE recuaram nesta sexta-feira, em parte devido à desvalorização do real no Brasil, enquanto os preços do açúcar bruto também cederam antes do vencimento do contrato de março.

CAFÉ

* O contrato maio do café arábica fechou em queda de 2,55 centavos de dólar, ou 1,8%, a 1,375 dólar por libra-peso, após atingir uma máxima de 1,4045 dólar na quinta-feira, mais alto nível desde dezembro de 2019.

* Operadores disseram que as vendas por produtores aceleraram após o rali, com a desvalorização do real aumentando a atratividade dos preços no Brasil, maior produtor e exportador global da commodity.

* Chuvas generalizadas nas áreas cafeeiras do Brasil também deram um tom baixista ao mercado, embora anteriormente o tempo seco tenha prejudicado a próxima safra.

* Especuladores aumentaram suas posições compradas líquidas em café arábica na ICE em 15.972 contratos na semana até 23 de fevereiro, passando a 35.426 contratos.

* O café robusta para maio recuou 3 dólares, ou 0,2%, para 1.473 dólares a tonelada.

AÇÚCAR

* O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 2,3%, a 16,45 centavos de dólar por libra-peso, ampliando as perdas após a máxima de quase quatro anos registrada na terça-feira, quando tocou 17,52 centavos.

* O contrato março expirou nesta sexta-feira, com entregas estimadas pelos operadores em cerca de 17.500 lotes, ou cerca de 890 mil toneladas, um pouco abaixo do registrado por este contrato há um ano. A trading asiática Wilmar foi citada como a única receptora.

* “Só um recebedor: baixista. Spread de 1,08 e esse era todo o açúcar que podia ser encontrado? Altista”, disse um corretor norte-americano, referindo-se a como a entrega poderia ser vista pelos participantes do mercado.

* O açúcar branco para maio recuou 9,00 dólares, ou 1,9%, para 459,00 dólares a tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)

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