Segurança
Capital paranaense pode ter investimento estrangeiro para eletromobilidade

A Prefeitura de Curitiba e o banco de desenvolvimento da Alemanha (KfW Bankengroupe) firmaram nesta segunda (7) uma parceria para a estruturação técnica e financeira de projetos do programa de mobilidade sustentável de Curitiba.
A cooperação entre as partes tem validade de 24 meses e conta com a perspectiva de abertura de linhas de crédito do governo alemão para implantação de eletromobilidade em larga escala no sistema de transporte coletivo de Curitiba.
“Estamos dispostos a avançar e preparados para investir em eletromobilidade. Nossa visão é a de que temos uma obrigação com o planeta, mas nós precisamos dos governos nacionais”, afirmou o prefeito de Curitiba, Rafael Greca.
Os estudos em andamento envolvem a definição de modelos de sistemas de descarbonização das linhas Inter 2, Interbairros II e do Corredor BRT Leste-Oeste, adequados às características socioeconômicas, técnico-operacional do sistema de transporte e às leis e regulamentações vigentes em Curitiba. Também fazem parte desse processo, a avaliação dos custos e dos investimentos necessários ao longo do contrato atual e sob a perspectiva de um novo contrato de concessão do transporte público, como também as possíveis fontes de financiamento para descarbonização das linhas priorizadas.
O coordenador de Projetos Sênior do KfW Brasil, Luciano Schweizer, afirmou que a mudança da matriz energética possibilita ganhos operacionais ao longo do tempo e acabam viabilizando financiamentos para os municípios. “É algo similar ao que aconteceu com a energia solar no Brasil, uma tecnologia que no início não se apostava e que gerou a redução de custos viabilizando financiamentos com prazos compatíveis”, observou.
Frank Weiler, responsável pela divisão de Mobilidade Sustentável e Desenvolvimento Social do KfW na América Latina, destacou o modelo de transporte curitibano como referência.
“Curitiba é uma cidade que tem a fama de ser pioneira na mobilidade pública moderna. Na Kfw, como chefe da divisão, tenho como responsabilidade auxiliar na mobilidade urbana na América Latina. Estamos aqui para ver as possibilidades que existem”, afirmou.
De acordo com o presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Fernando Jamur, a meta da capital paranaense é realizar a mudança da matriz energética do transporte, tendo em vista a renovação da concessão do transporte coletivo que está prevista para 2024, preparando um novo modelo de concessão, voltada a evolução do transporte e reiterar o compromisso com a redução de emissões de gases poluentes definidos no plano de ação climática de Curitiba.
Com informações da Prefeitura de Curitiba