Segurança

Caso Rachel Genofre: Acusado de matar menina confessa crime diante do júri

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(Foto: Arquivo/AEN-PR)

O julgamento de Carlos Eduardo dos Santos, acusado de matar Rachel Genofre, em novembro de 2008, começou nesta quarta-feira (12), por volta das 13h40, no Tribunal do Júri, em Curitiba. O crime, que comoveu o país, está no capítulo final e pode ter o resultado ainda hoje.

Preso em Sorocaba, no interior de São Paulo, onde responde por outros crimes que somam mais de 25 anos de condenação, Santos participa do júri popular por videoconferência. O réu começou a ser interrogado por volta das 18h15 depois das sete testemunhas, quatro de acusação e três de defesa. Diante dos jurados – dois homens e cinco mulheres – o acusado confessou o crime e disse que tinha a intenção de abusar da menina, mas não de matá-la.

Os pais de Rachel aguardam pela condenação do réu e acreditam que o resultado será satisfatório. A expectativa da promotoria é que a sociedade representada pelos jurados responsabilize Carlos Eduardo pelo crime que chocou o Brasil.

“Esse caso não vai ficar impune. Eu tenho esperança que o júri vai compreender e que vai colocar ele atrás das grades o tempo que a Justiça considerar que ele tem que cumprir”, disse o pai de Rachel Genofre.

(Foto: Arquivo)

Testemunhas

Quatro testemunhas de acusação, sendo os pais de Rachel Genofre, uma investigadora da Polícia Civil e a também a delegada Camila Cecconello, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que atuou na identificação do suspeito, já foram ouvidas no julgamento bem como as de defesa, um vigilante da rodoferroviária, o homem que fez a venda mala, onde o corpo foi encontrado, além da delegada que cuidou no caso em 2008.

‘Pelo fim da violência’

Familiares da garotinha chegaram ao Tribunal do Júri, e m Curitiba, e se concentram pedindo a condenação do réu. Com cartazes, eles fizeram uma oração pouco antes de dar início ao julgamento e pediram pelo fim da violência contra mulheres e meninas.

(Foto: Bruna Froehner/Rede Massa)

Caso Rachel Genofre

O crime contra Rachel Genofre ganhou repercussão nacional pela forma em que foi cometido e, onze anos depois, a polícia identificou o autor graças à comparação de DNA recolhido na cena do crime a um banco de perfis genéticos de suspeitos.

O corpo da menina foi encontrado na Rodoferroviária de Curitiba, no dia 5 de novembro de 2008, dois dias depois dela desaparecer, na saída do Instituto de Educação, no Centro de Curitiba. Ela foi localizada embaixo de uma escada, numa mala, envolvida em dois lençóis. Laudos técnicos da Polícia Científica do Paraná comprovaram que Rachel sofreu violência sexual.

Em depoimento à polícia, Carlos Eduardo confessou que atraiu a menina, que saía do colégio, dizendo que era diretor de um programa infantil e que ela teria sido selecionada para participar. Assim que foi até o apartamento do acusado, Rachel teria pedido por socorro, mas acabou assassinada.