Descoberta na análise

Cocaína rosa: droga sintética popular na Europa é apreendida no Paraná

Apreensão ocorreu durante uma operação da Polícia Civil (PCPR) em Cascavel, no Oeste do Estado.

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Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

A cocaína rosa, droga sintética que vem ganhando popularidade na Europa e na América Latina, foi identificada pela primeira vez no Paraná.

A análise da Polícia Científica do Paraná revelou que a substância apreendida contém MDA e metanfetamina, dois compostos conhecidos por seus efeitos estimulantes e alucinógenos.

A apreensão ocorreu durante uma operação da Polícia Civil (PCPR) em Cascavel, no Oeste do Estado, que investigava um caso de homicídio. No total, 77 pinos com a droga foram encontrados e enviados para análise.

O que é a cocaína rosa e por que é perigosa?

Apesar do nome, a cocaína rosa não possui cocaína em sua composição. Trata-se de uma mistura de substâncias sintéticas, como MDA, MDMA, cetamina e 2C-B, tornando seus efeitos imprevisíveis e altamente perigosos.

O delegado Marcos Fontes alerta que “usar essa droga equivale a jogar na roleta russa, pois seus componentes variam a cada lote”.

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Entre os principais riscos da cocaína rosa estão:

  • Efeitos alucinógenos e estimulantes intensos
  • Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial
  • Risco elevado de overdose e reações adversas graves
  • Dependência química e psicológica

Por que a droga tem coloração rosa?

A droga recebe sua coloração rosa devido à adição de corantes alimentícios. Além disso, também pode conter sabores artificiais, como morango, tornando-se mais atrativa para o público jovem e sendo frequentemente encontrada em festas e raves.

Esta foi a primeira grande apreensão desse tipo de entorpecente no Estado. A perita criminal Isabella Ferreira Melo, responsável pela análise, destacou que a presença de metanfetamina na composição é incomum na região, tornando essa apreensão um alerta para as forças de segurança.

Com a constante modernização dos laboratórios da PCP, novos equipamentos estão auxiliando na identificação rápida de substâncias sintéticas. Entre eles, destacam-se o Espectrômetro Portátil de Fluorescência de Raios X (XRF) e sistemas avançados de cromatografia.