Investigação em Minas Gerais

Empresário vaza vídeos íntimos e é investigado por estupro

Suspeito de 27 anos é investigado por estupro de vulnerável e divulgação de vídeos íntimos sem permissão em Minas Gerais.

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Um empresário de 27 anos está sendo investigado por suspeita de estupro de vulnerável e divulgação de vídeos íntimos sem consentimento, em Minas Gerais. A apuração teve início após o relato público da advogada Kamilla Mello, de 29 anos, nas redes sociais.

A mulher relatou que viveu uma situação desconfortável com o suspeito, identificado como João Vitor Mendonça, durante um encontro em um sítio localizado em Betim, na Grande Belo Horizonte.

Acusações contra empresário por vídeos íntimos surgiram nas redes

Kamilla contou que, durante o encontro, o homem insistiu para que a relação ocorresse em um quarto específico do imóvel. Após o episódio, os dois não voltaram a se ver.

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Tempos depois, a advogada afirma ter descoberto que um vídeo íntimo dos dois foi compartilhado com moradores da cidade, sem o seu consentimento.

Após tornar o caso público, Kamilla começou a receber mensagens de outras mulheres que alegaram ter vivido situações parecidas com o mesmo homem.

Segundo ela, mais de 40 relatos foram enviados, e pelo menos quatro mulheres formalizaram denúncias. O Ministério Público de Minas Gerais confirmou o recebimento de queixas de ao menos duas vítimas.

Promotoria investiga possível estupro de vulnerável

De acordo com a Promotoria, as denúncias apontam que o suspeito teria gravado relações íntimas sem autorização e divulgado os registros de forma ilegal.

Segundo a denúncia, ele teria adicionado substâncias sedativas às bebidas das vítimas, impedindo resistência.

Essas práticas podem configurar crime de estupro de vulnerável, segundo nota oficial divulgada pelo Ministério Público.

Armas apreendidas e novos crimes investigados

Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, a polícia encontrou oito armas de fogo (entre pistolas, revólveres e uma carabina), mais de 70 munições intactas e aparelhos eletrônicos como celulares e computadores, que passarão por perícia.

Com isso, o empresário também passou a ser investigado por posse ilegal de arma de fogo. Ele alegou que os itens pertencem ao avô, um delegado aposentado com Alzheimer.

Defesa nega acusações de vídeos íntimos e critica exposição

A defesa de João Vitor Mendonça afirmou que não há denúncia formal apresentada pela Promotoria. Também declarou que o caso está em segredo de Justiça e criticou a “divulgação parcial e inverídica” de informações.

Os advogados afirmam ainda que medidas foram tomadas contra o que consideram “exposição pública indevida” e que o promotor do caso foi notificado sobre a repercussão nas redes.

O Ministério Público de Minas Gerais orienta que possíveis vítimas procurem a Promotoria de Justiça de Betim para registrar ocorrências e colaborar com as investigações em andamento.

As provas coletadas em aparelhos eletrônicos poderão ajudar na identificação de outras vítimas e no avanço do processo.