Feminicídio

Ao menos uma mulher morreu a cada 17 horas no Brasil em 2024

O estudo aponta que 197 mulheres foram assassinadas pelos próprios parceiros ou ex-companheiros.

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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A cada 17 horas, ao menos uma mulher foi vítima de feminicídio no Brasil em 2024, conforme levantamento da Rede de Observatórios da Segurança.

Feminicídios no Brasil em 2024

O estudo aponta que 197 mulheres foram assassinadas pelos próprios parceiros ou ex-companheiros apenas nos primeiros meses do ano em nove estados analisados: Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo.

Feminicídios e violência contra a mulher em números:

  • Casos de feminicídio registrados: 4.181
  • Aumento da violência contra mulheres: 12,4% entre 2023 e 2024
  • Estados com mais ocorrências: São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas
  • Crimes cometidos por parceiros ou ex-parceiros: 197
  • Principais vítimas de violência sexual no Amazonas: 84,2% têm entre 0 e 17 anos

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Estados com mais casos de feminicídio no Brasil

  • São Paulo: 144 feminicídios (125 por parceiros ou ex-parceiros)
  • Pernambuco: 69 feminicídios registrados
  • Rio de Janeiro: 63 feminicídios e 261 tentativas
  • Pará: 388 casos de violência contra mulheres
  • Ceará: aumento de 21,1% nos feminicídios entre 2023 e 2024
  • Maranhão: 54 feminicídios registrados
  • Piauí: 36 feminicídios e 57 tentativas de assassinato

Estado de alerta: o crescimento da violência de gênero

Os dados também revelam que 75,3% dos feminicídios ocorreram dentro do ambiente familiar, sendo que 70% foram cometidos por companheiros ou ex-companheiros das vítimas. A maioria das vítimas tinha entre 18 e 39 anos.

Além disso, 97,5% das vítimas de violência de gênero no Amazonas e 93,7% das vítimas do Maranhão não tiveram sua cor ou raça identificadas nos registros. A falta desses dados compromete a formulação de políticas públicas eficazes de prevenção.

Como denunciar casos de violência contra a mulher

O silêncio pode colocar vidas em risco. Denúncias podem ser feitas de forma anônima por meio dos seguintes canais:

  • Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher
  • Disque 190: Para casos de emergência
  • Aplicativo Direitos Humanos Brasil
  • Delegacias da Mulher e delegacias comuns