Segurança

Polícia vai apurar versão de pai que esqueceu bebê no carro em Curitiba

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Foto: Reprodução/Rede Massa

A Polícia Civil, por meio do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), está investigando o caso do bebê de um ano e sete meses que morreu após ser esquecido no carro do pai em Curitiba, nesta terça-feira (27).

O delegado Rodrigo Rederde afirmou que ainda não ouviu o pai para o andamento das investigações, porque o homem estava ‘muito abalado‘. Nos próximos dias, testemunhas devem ser ouvidas e câmeras de segurança devem ser analisadas para que a versão que o pai deu inicialmente sobre o fato seja apurada.

“Não descartamos a possibilidade de ouvi-lo novamente para sanar todos esses detalhes, fazer a ordem cronológica dos fatos para verificar se eles condizem com uma culpa ou dolo ou até a possibilidade de ausência de negligência do pai”, afirmou o delegado.

Rederde também afirmou que não há relatos e indícios de maus-tratos do pai contra a criança.

Pai de bebê esqueceu de levar filho para escola

O caso aconteceu nesta terça-feira (27), no bairro Santa Felicidade. Para a polícia, o pai da criança, que trabalha em uma oficina mêcanica, afirmou que estava neste dia responsável por levar o filho para a escola, porque a esposa não podia.

No entanto, ele seguiu para o trabalho e esqueceu que o filho estava no carro. Quando retornou para o veículo, no fim da tarde, viu o bebê na cadeirinha.

Ele notou que o filho estava sem sinais vitais e foi até uma Unidade de Saúde na região. Os médicos socorreram a criança, mas ela não resistiu e morreu.

O bebê teria ficado mais de cinco horas dentro do carro.

Homem pode responder por homicídio culposo

Com o andamento das investigações, o Nucria deve finalizar o inquérito policial para indiciar o pai do bebê esquecido no carro em Curitiba.

Segundo o delegado Rodrigo Rederde, o pai pode responder por homicídio culposo ou abandono de incapaz com resultado de morte.

A autoridade policial instaurou procedimento por homicídio culposo, ou seja, homicídio sem intenção de matar, mas não descartamos a possibilidade de abandono de incapaz com resultado de morte. Tudo isso vai depender da análise de culpa ou dolo do pai.

explicou o delegado

Bebê que morreu no carro era adotado

De acordo com a advogada Cristia Antonovicz, o sonho dos pais era ter um filho. Ela revela que eles adotaram a criança após muita insistência.

“É um casal que queria muito ter filhos, é um casal trabalhador. Infelizmente foi uma fatalidade. Eles sempre tiveram muito amor pela criança”, diz Cristia.