Bela atitude
Órgãos de jovem que morreu atropelado serão doados: “Vontade dele”
APELO POR JUSTIÇA
Família de João Vitor de Oliveira Tomazeti cobra punição ao motorista que causou acidente fatal em Curitiba e fugiu sem prestar socorro.
A família de João Vitor de Oliveira Tomazeti, jovem de 18 anos que morreu após ser atropelado por um carro em alta velocidade na contramão, cobra justiça e pede a prisão imediata do motorista responsável pelo acidente.
O caso aconteceu na madrugada do último sábado (26), na Cidade Industrial de Curitiba, e é investigado como homicídio.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o Kia Soul atinge a motocicleta em que João Vitor pilotava.
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Após a colisão, tanto ele quanto o garupa, um adolescente de 16 anos, foram arremessados por vários metros. O condutor do carro ainda passou por cima da moto e fugiu do local sem prestar socorro.
O motorista foi identificado como Herick da Silva Godoy, de 33 anos. Ele só se apresentou à polícia na segunda-feira (28), dois dias depois do acidente, e permaneceu em silêncio durante o depoimento.
Segundo o advogado de defesa, Herick não lembra do ocorrido e afirma não ter antecedentes criminais.
João Vitor de Oliveira Tomazeti foi socorrido em estado gravíssimo e levado ao Hospital do Trabalhador, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na segunda-feira (28). O garupa segue internado, em estado grave.
O corpo de João só pôde ser velado na quarta-feira, após a conclusão do processo de doação de órgãos, uma decisão tomada pela família em um gesto de solidariedade, mesmo diante da dor.
De acordo com o delegado Edgar Santana, com a morte de João Vitor, a investigação deixou de tratar o caso como lesão corporal e passou a apurá-lo como homicídio.
A polícia busca entender se há elementos para configurar dolo eventual, quando o motorista assume o risco de matar.
Testemunhas afirmaram que o veículo teria furado o sinal vermelho antes da colisão. A polícia também tenta confirmar se Herick havia consumido bebida alcoólica antes do acidente.
No momento, a defesa aguarda a conclusão do inquérito para se pronunciar sobre essa possibilidade.
A Rede Massa apurou dois endereços ligados ao motorista: uma casa em reforma no bairro CIC, e uma mercearia e bar, que estaria em seu nome. Ambos os locais estavam fechados após a confirmação da morte de João Vitor.
O veículo envolvido na colisão foi levado para perícia, com a frente destruída e o para-brisa quebrado.
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