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Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, três de prisão e 14 imposições de medidas cautelares contra organização criminosa que atua com jogos de azar
O Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sob determinação do Ministério Público do Paraná (MPPR), deflagrou a Operação Las Vegas contra uma organização criminosa ligada a jogos de azar há vários anos no território nacional.
A operação cumpriu 23 mandados de busca e apreensão no total, sendo 12 em Londrina (PR), dois em Cambé (PR), três em Goiânia (GO), um em Brasília (DF), quatro em Itapema (SC) e um em Balneário Camboriú (SC). Também foram cumpridos três mandados de prisão e 14 imposições de medidas cautelares diversas da prisão. O Gaeco de Londrina contou com o apoio dos Gaecos do DF, de GO e de SC.
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Segundo o MPPR, a operação tem como alvo uma organização milionária que atua nacionalmente com jogos de azar, além de também praticar crimes de usura e lavagem de dinheiro. Em Londrina, foi cumprido um mandado de busca e apreensão contra um servidor da Polícia Rodoviária Federal que estaria envolvido com os criminosos. A ação teve apoio da Corregedoria da PRF e as medidas judiciais foram deferidas pelo Juízo da 5ª Vara Criminal de Londrina.
Como parte da Operação Las Vegas , foi determinado o bloqueio de sites de apostas e de sistemas on-line de gestão de jogos hospedados no Brasil. Perfis no Instagram e no YouTube também entraram na ordem de bloqueio, que ainda determinou a apreensão e a restrição de circulação de 236 veículos, o sequestro de 18 imóveis e a apreensão de valores em dinheiro que estavam sob posse dos criminosos.
No total, o montante que ainda será bloqueado nas contas bancárias do grupo é de quase R$ 150 milhões.
Em 2011, a Operação Jogo Sujo II, do Gaeco, chegou a prender o líder da organização deflagrada nesta quinta-feira (30). No entanto, o criminoso continuou chefiando o grupo a distância, quando na verdade expandiu seus negócios ilegais e passou a atuar em todo o Brasil.
A empresa estava envolvida com o jogo do bicho e similares em vários estados, incluindo Paraná, Santa Catarina e Goiás. Com tino empreendedor, os criminosos desenvolveram uma plataforma própria para gerir suas operações, fornecendo esta solução tecnológica para outros grupos igualmente fora da lei, ainda por cima.
A MPPR revela que, apenas em um mês, essa atividade de “alugar” sua plataforma on-line para terceiros obteve renda bruta superior a R$ 40 milhões. O grupo fornecia o sistema a 81 “assinantes” pelo país e, como esperado, praticava lavagem de dinheiro para colocar as mãos em tudo isso. Para tal, usavam três locadoras de veículos e empresas de fachada registradas em nomes de “laranjas”. Também compravam imóveis de altíssimo padrão, adquiriam cotas de consórcio e, claro, movimentavam muito dinheiro em espécie.
Em dezembro de 2023, o líder da organização fugiu para os Estados Unidos. enquanto sua operação seguia em pleno funcionamento aqui no Brasil. Agora, com a Operação Las Vegas, o MPPR fecha ainda mais o cerco em cima deste esquema.