MORTE DE MARCELO ARRUDA

Tensão marca julgamento de Jorge Guaranho em Curitiba

Primeiro dia do julgamento de Jorge Guaranho tem depoimentos emocionantes e embates entre defesa e acusação. Viúva da vítima pede justiça.

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Foto: Reprodução/Rede Massa

O julgamento de Jorge Guaranho, ex-policial penal acusado do homicídio do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, teve início em Curitiba.

O primeiro dia foi marcado por depoimentos emocionantes e por um intenso embate entre acusação e defesa. Familiares da vítima acompanharam a sessão pedindo justiça e uma grande mobilização foi montada do lado de fora do tribunal com cartazes pedindo punição ao réu.

Viúva de Marcelo Arruda é ouvida em julgamento

A primeira a falar foi Pâmela Silva, viúva de Marcelo Arruda. Muito emocionada, ela relatou o impacto da tragédia em sua vida e na de sua filha, que na época do crime tinha apenas 40 dias.

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Segundo Pâmela, a festa de aniversário do marido se transformou em um velório, e o trauma a impediu de vivenciar plenamente a maternidade no primeiro ano de vida da criança.

Uma das testemunhas ouvidas foi uma vigilante que estava próxima ao local do crime. Ela afirmou ter ouvido Jorge Guaranho gritar “Aqui é Bolsonaro”, seguido de um palavrão.

A testemunha também relatou que sofreu ameaças após o ocorrido, mas que as intimidações nunca foram investigadas.

Peritos analisam imagens do crime

A perita criminal responsável pelo laudo de imagem do local também prestou depoimento. Ao todo, três peritos e 10 testemunhas foram convocados por defesa e acusação para esclarecer os fatos.

O Ministério Público sustenta que o homicídio foi motivado por questões políticas, enquanto a defesa de Guaranho alega que ele agiu em legítima defesa, com base em um vídeo que mostra uma suposta agressão.

Júri definirá destino de Jorge Guaranho

Sete jurados, sendo quatro mulheres e três homens, vão decidir se Jorge Guaranho será condenado ou não. Ele responde por homicídio duplamente qualificado, e está em prisão domiciliar desde setembro do ano passado.

O réu será ouvido por último antes das alegações finais da defesa e da acusação. O julgamento deve se estender até quinta-feira.