Segurança

Médico é condenado por lesbofobia por impedir mulher de trabalhar em hospital

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Foto: Pixabay

Em Paraíso do Norte, no Noroeste do Paraná, um médico foi condenado por lesbofobia após ser denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). O réu é sócio-proprietário e diretor clínico de um hospital privado e teria impedido uma mulher de trabalhar na enfermaria por causa orientação sexual da vítima.

A pena atribuída foi de um ano, três meses e 22 dias de reclusão e multa de R$ 13.332,00, além de indenização de R$ 30 mil à mulher por danos morais.

De acordo com a ação penal, o médico teria praticado discriminação contra a vítima, uma mulher lésbica, usando palavras características de lesbofobia. Além disso, ele ainda impediu a vítima de trabalhar como cuidadora de idoso internado nas dependências da unidade hospitalar. A atitude caracteriza o crime tipificado no artigo 20 da Lei 7.716/89.

Entre outras ofensas, o réu teria dito: “não sei que espécie que é, se homem ou mulher, aqui não pode. Saia do meu hospital”.

Recurso

O médico e uma enfermeira do hospital também foram denunciados por falsidade ideológica por terem, supostamente, fraudado documento para alterar a verdade sobre o caso.

Os dois teriam inserido informação falsa de que um dos pacientes da enfermaria onde a vítima trabalhava havia solicitado que ela se retirasse por ser do sexo feminino.

No entanto, o réu foi absolvido dessa acusação, o que motivou recurso do MPPR contra a absolvição. O médico condenado por lesbofobia também pode ainda recorrer da sentença.