Segurança

Motoristas da Uber na África do Sul também pedem direitos trabalhistas

Escritórios da Uber em Parktown, subúrbio de Joanesburgo, África do Sul
Escritórios da Uber em Parktown, subúrbio de Joanesburgo, África do Sul

JOANESBURGO (Reuters) – Um grupo de motoristas sul-africanos da Uber deve ir aos tribunais em busca de direitos trabalhistas, incluindo compensação por horas extras não pagas e pagamento de férias, disseram seus advogados nesta terça-feira, esperando uma vitória semelhante à dos motoristas britânicos neste mês.

Tanto na Grã-Bretanha quanto na África do Sul, os motoristas são tratados como autônomos, recebendo apenas proteções mínimas na lei – um status que a empresa dos Estados Unidos procurou manter em sua longa batalha legal no Reino Unido.

Isso terminou na semana passada, quando a Suprema Corte da Grã-Bretanha decidiu que um grupo de 25 motoristas tinha direito a direitos trabalhistas, como salário mínimo.

Embora a Uber afirme que a decisão não se aplica a todos os seus 600 mil motoristas no país, ela foi um golpe para o modelo de negócios da empresa. Enquanto a companhia diz que o modelo de trabalho oferece flexibilidade, sindicatos dizem que é exploradora.

Em novembro, a Uber enfrentou um desafio na Califórnia, onde os eleitores apoiaram uma proposta eleitoral que cimentou a entrega de comida baseada em aplicativos e o status dos trabalhadores como contratados independentes em vez de empregados.

O caso sul-africano pode afetar até 20 mil motoristas, disseram em comunicado os escritórios de advocacia britânico Leigh Day e o sul-africano Mbuyisa Moleele Attorneys. Eles não especificaram quando o caso seria apresentado.

A Uber não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

(Por Emma Rumney)

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