violência doméstica
Lutador de MMA é preso por espancar esposa na frente do filho
REVOLTANTE
Ela não podia falar com familiares e era agredida com frequência.
Uma mulher foi mantida em cárcere privado, estuprada e teve seus dentes quebrados com uma pedra. Um homem foi preso após a vítima conseguir fugir e pedir socorro.
A prisão aconteceu nesta segunda-feira (7), em Carambeí, na Região dos Campos Gerais. De acordo com as informações da Polícia Civil do Paraná (PCPR) e da Polícia Militar do Paraná (PMPR), uma mulher, de 35 anos, foi mantida em cárcere privado por um homem, de 45 anos.
O suspeito teria obrigado a vítima a vender sua casa e então os dois começaram a morar em um carro. Ele a mantinha sob vigilância e sem contato com terceiros. Ela não podia falar com familiares e era agredida com frequência.
Segundo a polícia, na última sexta-feira (4), ela foi espancada, esganada e ameaçada de morte. No dia seguinte, o homem intensificou as agressões e acabou quebrando dois dentes da vítima com uma pedra, além de estuprar a mulher.
LEIA TAMBÉM
A mulher conseguiu fugir do homem e se escondeu no mato, onde passou toda a noite até despistar o agressor.
“A mulher conseguiu fugir e se esconder em uma área de mata, onde permaneceu até a manhã seguinte, quando pediu ajuda e foi encaminhada ao posto de saúde municipal”, explicou o delegado Marcondes Alves.
O homem foi encontrado no bairro AFCB, em Carambeí, e conduzido à delegacia. Durante o depoimento, ele confessou algumas agressões, mas negou a tentativa de feminicídio e estupro.
As investigações seguem a fim de apurar os fatos por completo. O homem foi encaminhado ao sistema penitenciário, onde segue à disposição da Justiça.
Vítimas de violência sexual podem receber atendimento médico e psicológico no SUS sem a necessidade de registrar boletim de ocorrência. No entanto, o exame de corpo de delito, que pode fornecer provas essenciais para um processo judicial, só pode ser realizado com o boletim de ocorrência. O exame pode ser feito a qualquer momento após o crime, mas, por se tratar de provas que podem desaparecer, recomenda-se realizá-lo o mais rápido possível.
Em casos de flagrante, denuncie imediatamente à Polícia Militar pelo 190 ou acione uma viatura em patrulhamento. O Ligue 180 também recebe denúncias e oferece orientação sobre serviços de acolhimento na cidade da vítima. O atendimento também pode ser acessado via WhatsApp pelo número (61) 99656-5008.
Por lei, vítimas de estupro têm direito a atendimento em hospitais com ginecologia e obstetrícia para receber medicação preventiva contra infecções sexualmente transmissíveis, apoio psicológico e acesso à interrupção legal da gestação. No entanto, nem todas as unidades realizam esse atendimento. Para saber quais hospitais oferecem o serviço, consulte o site Mapa do Aborto Legal.