Segurança
Mulher morta em Araucária tinha medida protetiva contra o ex
A mulher morta junto com o advogado na manhã desta terça-feira (20) em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, tinha medida protetiva contra o ex, autor do crime. Vanessa de Souza Camargo, 24 anos, estava com o filho no colo quando foi atingida.
O ex-marido foi identificado como Luan Lucas Cardoso, 28 anos, aluno-soldado da Polícia Militar (PM). Após cometer o duplo homicídio, ele tirou a própria vida.
O advogado era Henrique Bueno Paquete, de 27 anos. Ele era filho do ex-presidente da OAB Lapa, Kival Della Bianca Paquete Junior.
Em outubro do ano passado, Vanessa registrou boletim de ocorrência contra contra o aluno da PM, com quem teve um relacionamento de nove meses. Eles já estavam separados quando a mulher fez a denúncia.
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Mulher morta pelo ex em Araucária foi ameaçada: “matar ou morrer”
No boletim, obtido pela reportagem da Rede Massa | SBT, consta que Vanessa se separou de Luan porque ele vinha tendo comportamento agressivo e violento e fazia constantes ameaças.
O aluno da PM teria chegado a dizer que era policial, andava armado, “estourava favela” e que estava disposto a “matar ou morrer”.
Vanessa ainda relatou para a polícia que era agredida com tapas e apertões e xingada. As agressões teriam ficado mais presentes quando ela descobriu que estava grávida de Luan.
O boletim ainda relata que, em 21 de outubro do ano passado, Luan invadiu a casa onde a mulher morava com o pai e fez menção de estar armado. Vanessa chamou a polícia, mas o homem fugiu.
A mulher pediu medida protetiva quando registrou o boletim de ocorrência.
Vítima ia fazer teste de paternidade
Vanessa estava com o advogado em uma clínica de Araucária para realizar um teste de paternidade. Segundo a PM, Luan Lucas Cardoso tinha ido até o local para o teste.
Após atingir Vanessa e o advogado Henrique Paquete, o aluno da PM atirou no próprio tórax e morreu.
O bebê que estava com a mulher caiu no chão. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Municipal de Araucária, e não corre risco de morte.
O caso é investigado como feminicídio.
Em nota, a PM lamentou o caso:
“A Polícia Militar do Paraná lamenta o caso envolvendo um aluno-soldado nesta terça-feira, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
Neste momento, o objetivo da corporação é dar o amparo às famílias envolvidas nesta tragédia, e colaborar de todas as maneiras com as investigações a respeito do fato”.