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Número de mortos por terremoto no Haiti chega a 724

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Foto: Reuters TV

Por Andre Paultre

PORTO PRÍNCIPE (Reuters) – O número de mortos pelo terremoto que atingiu o Haiti na manhã de sábado subiu para 724 neste domingo, enquanto equipes de resgate lutavam para encontrar sobreviventes enterrados sob prédios um dia após o terremoto de magnitude 7,2 e quando uma tempestade tropical se aproxima da nação caribenha.

Os haitianos trabalharam por toda a noite para buscar amigos e familiares entre os escombros de prédios destruídos após um terremoto devastador atingir o país caribenho no sábado, matando mais de 300 pessoas e ferindo muitas outras. 

O terremoto de magnitude 7.2 derrubou centenas de casas no país empobrecido, que ainda está se recuperando de um outro grande tremor, ocorrido 11 anos atrás, e que foi deixado sem um chefe de Estado desde o assassinato do presidente no mês passado. 

A região sudoeste do Haiti recebeu o maior impacto do terremoto, principalmente na cidade de Les Cayes e em seus arredores. Na noite de sábado, autoridades haitianas registraram pelo menos 304 fatalidades e mais de 1.800 pessoas feridas. 

Igrejas, hotéis, hospitais e escolas ficaram gravemente danificadas ou destruídas, enquanto os muros de uma prisão foram rompidos pelos violentos tremores que convulsionaram o Haiti. 

“Precisamos mostrar muita solidariedade com a emergência”, disse o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, um neurocirurgião que foi colocado à frente do país durante a turbulência após o assassinato do presidente Jovenel Moise no dia 7 de julho. 

Alguns haitianos disseram que passaram a noite de sábado dormindo a céu aberto, traumatizados pelas memórias do terremoto de magnitude 7 de 2010 que atingiu uma região muito mais próxima da capital, matando dezenas de milhares de pessoas. 

Imagens postadas em redes sociais após o terremoto mostram moradores buscando aberturas estreitas em pilhas de destroços de alvenaria para puxar pessoas em choque dos escombros de paredes e telhados que desmoronaram em volta deles. 

(Reportagem adicional de Laura Gotteddiener, Kate Chappell em Kingston, Sarah Marsh em Havana e Philip Pullella)