Segurança

Onça atropelada passa por tratamento com células-tronco

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Foto: UNIFIL- SEDEST

Um filhote de onça-parda com sequelas de um atropelamento se recupera de um tratamento experimental no Paraná, realizado com célula-tronco. O animal está no Centro de Atendimento à Fauna Silvestre (CAFS) da UniFil, em Londrina, onde recebe todos os cuidados necessários.

O centro é fruto de uma parceria com o Instituto Água e Terra (IAT), inaugurado no mês passado, e está associado à estrutura do hospital veterinário da UniFil.

O animal, chamada de Mari, deu entrada no CAFS há dois meses com ferimentos graves. Ele apresentou sequelas neurológicas após ser vítima de um atropelamento em uma rodovia próxima a Ribeirão Claro, no Norte Pioneiro. 

Para realizar a cirurgia com célula-tronco, a equipe médica contou com a parceria do centro de tecnologia celular animal MEDMEP, de São Paulo. Para o procedimento, o filhote de cinco meses foi sedado e foram aplicadas 10 milhões de células-tronco (0,4 ml) por injeção peridural, com objetivo de recuperar as funções neurológicas.

As células-tronco foram coletadas de um gato e estavam congeladas em São Paulo. 

“O tratamento de células-tronco em animais selvagens ou silvestres ainda tem muito a ser estudado e pesquisado. Após o resultado deste procedimento a expectativa é utilizar o método em outros animais com problemas de saúde, principalmente articulares, locomotores e alguns tipos de lesão”, explica a diretora e responsável técnica do hospital veterinário da UniFil, Mariana Cosenza. 

A onça segue internada e passa por avaliação médica periódica para avaliar o tempo de ação do tratamento injetado. 

Células-tronco

Uma injeção de células-tronco é aplicada no órgão machucado ou doente do animal. A partir de então, elas assumem o formato das demais células do organismo e com isso os tecidos passam por um processo de regeneração. 

Informações da Agência Estadual de Notícias