Segurança

Motoristas e cobradores protestam pelo fim da ‘rabeira’ em ônibus

Novo projeto de lei prevê multa de R$ 500 para quem for pego realizando a manobra perigosa.

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Foto: reprodução/Rede Massa

Pedindo uma solução pelo fim da “rabeira” em ônibus, motoristas e cobradores se reuniram em frente a Câmara de Vereadores de Curitiba.

Profissionais dizem estar cansados, e que chegam a ter medo de trabalhar por conta do risco que a prática oferece. Ainda segundo a reportagem, o motorista que dirigia o ônibus que atropelou o jovem Lucas, não teria conseguido voltar a trabalhar, após a fatalidade.

Em entrevista, Anderson Teixeira, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) pediu urgência na resolução do problema.

“O trabalhador vem denunciando ao sindicato, o sindicato vem buscando soluções. Fizemos mobilizações e paralisações, estamos há mais de anos batendo nessa tecla. Nos últimos cindo anos foram mais de 2 mil acidentes na canaleta, 1200 pessoas feridas e 20 mortes. Um número alarmante”, declarou.

Projeto de lei prevê multa para quem foi pego na “rabeira” de ônibus

Tramita na Câmara de Vereadores de Curitiba um projeto de lei que visa combater a manobra. Segundo o texto, além de multa de R$ 500, também a apreensão da bicicleta de quem for flagrado “pegando rabeira” nos ônibus.

O projeto foi aprovado em primeira instância, na Comissão de Constituição e Justiça, entretanto, na Comissão de Urbanismo, o texto não seguiu em frente, e continua sendo discutido.

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“Esses jovens já fazem essa prática sabendo que é errado, inclusive, muitos destes que praticam a “rabeira”, os pais não estão cientes. Então, a partir do momento que o pai receba uma multa, uma notificação, o pai já começa a orientar o filho dentro de casa para que não faça mais isso”, explicou o vereador Da Costa, um dos autores do projeto.

Ainda de acordo com o legislador, o projeto deve ser reapresentado na câmara.

A Comissão de Urbanismo questiona alguns pontos do texto como, por exemplo, onde as bicicletas seriam guardadas, assim como um trabalho educacional antes da aplicação da multa financeira.

“Isso é um protocolo natural, ele tem que passar pelas comissões, justamente, para chegar no plenário um projeto mais robusto e de maior qualidade. Não adianta apenas ‘tratorar’ um projeto aqui na câmara, só para dizer que está resolvendo um problema, se ele não vai resolver de fato”, explicou a vereadora Laís Leão.

Com informações de Bruno Previdi/Rede Massa.