“morra, diaba!”

Suspeita de sequestrar Eloah diz que foi violentada por detentas

“Enfiaram cabo de vassoura”, diz Leandra, presa suspeita de sequestrar menina em Curitiba.

sequestro-de-eloah-presa-agredida
Foto: Reprodução

A mulher presa pelo sequestro de Eloah Pietra em Curitiba, identificada apenas como Leandra, alega que foi agredida e violentada por outras mulheres na cadeia de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.

O relato da mulher aconteceu nesta segunda-feira (27) durante audiência de custódia. Leandra diz que foi espancada, abusada sexualmente e ameaçada de morte por outras detentas do presídio.

Suspeita do sequestro de Eloah diz que foi espancada

“Eu fui espancada várias vezes pelas detentas (…), me fizeram desmaiar quatro vezes, me deram chute na cabeça, no pescoço e no peito. Me juraram de morte”, disse Leandra. Assista ao depoimento (alerta de gatilho com relatos de violência física e sexual).

A suspeita do sequestro de Eloah também relatou situações de violência sexual, com objetos introduzidos em suas partes íntimas. Ela também pediu que fosse colocada em uma cela isolada e disse que só precisava de um balde para fazer as necessidades.

“Elas pegaram o cabo de vassoura e enfiaram em alguns orifícios, e falaram que vão enfiar em outros também. (…) eu já tinha desmaiado mais de quatro vezes, eles [agentes da cadeia] me trouxeram pra solitária, e se for pra ficar aqui, eu prefiro ficar na solitária, por favor”, pediu Leandra ao juiz que presidiu a audiência de custódia.

“Só me dê um balde para eu fazer minhas necessidades. Eu estou sem beber água desde cedo, pois elas não me deixam beber”, relatou a mulher.

Suspeita diz que faz tratamento psiquiátrico

Durante a audiência, Leandra também contou que faz tratamento com medicamentos de uso contínuo por conta de problemas psiquiátricos de uma cirurgia bariátrica – ela também afirmou que está no transtorno do espectro autista.

LEIA TAMBÉM

O juiz responsável pela audiência determinou que Leandra fosse levada ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames médicos. Caso as torturas fossem confirmadas, ela seria levada ao hospital para receber atendimento médico.

Até a publicação desta matéria, não havia informações sobre o estado de saúde da suspeita e nem sobre o resultado do laudo de lesões corporais do IML

A Polícia Penal foi procurada para se manifestar a respeito dos relatos de Leandra e deve emitir nota ainda nesta terça-feira (27). O texto será atualizado com o posicionamento do órgão.