MENINA FOI ENCONTRADA!
Caso Eloah: criança teve cabelo cortado e pintado, diz advogado
Segurança
A mulher suspeita de arquitetar e executar o sequestro de Eloah Pietra, no bairro Parolin, em Curitiba, queria ter a criança como filha. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa na manhã deste sábado (25) pelas autoridades policiais responsáveis pela investigação do caso.
Na entrevista coletiva, os policiais explicaram que, em depoimento, a mulher disse que queria uma criança para criar. O secretário de Estado de Segurança Pública, Hudson Teixeira, descartou a possibilidade de tráfico de pessoas e afirmou que a mulher não pretendia fugir para outro país.
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De acordo com o delegado Tiago Teixeira, durante a investigação do sequestro, a Polícia Civil recebeu denúncias que a mesma mulher teria tentado cometer o crime um dia antes. “Ela tentou pegar algumas crianças em Campo Largo dizendo que levaria ao Mc Donald’s, mas foi impedida pelos pais e o crime não deu certo”, explica.
A partir das imagens de câmeras de segurança da Muralha Digital, os policiais conseguiram rastrear parte do caminho feito pelo carro da suspeita e conseguiram encontrar o local onde o veículo estava estacionado. Ao entrarem no local, encontraram a suspeita e a criança.
A delegada Patrícia Paz, do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), testemunhas viram a mulher na região do sequestro no mesmo dia do crime. “Isso já nos determinou que seria um caso isolado, de uma pessoa específica que estaria naquele local tentando praticar esse crime”, assegura.
O secretário de Segurança Pública também reforçou essa informação. “Para tranquilizar a sociedade paranaense, esse foi um caso isolado, não há nenhuma participação e nenhuma notícia de casos de tráfico de pessoas ou tráfico de órgãos, tudo o que a gente sabe que poderia ter acontecido foi descartado pelas investigações da Polícia Civil”, pontua.
Ainda segundo Teixeira, a família de Eloah “é de boa índole, tanto a mãe quanto o pai não contam com passagens pela polícia”.
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A delegada Patrícia acrescenta que “muitas pessoas da comunidade foram ouvidas durante as investigações e todas disseram que se trata de uma família de vulnerabilidade de recursos, mas que sempre fez todos os procedimentos necessários com as crianças”. “Pelos relatos, era uma família que trata as crianças da melhor maneira possível, dentro das possibilidades que eles tinham”, completa.
A mulher de 40 anos que sequestrou Eloah Pietra já tem um filho de 23 anos que não mora mais com ela. Segundo a polícia, ela está desempregada e não tinha passagens pela polícia. A principal suspeita é que ela tenha agido sozinha.
A mulher foi presa em flagrante por subtração de incapaz, já que relatou que seu objetivo era criar a menina como se fosse filha dela. Segundo a polícia, ela não se mostrou arrependida em nenhum momento do depoimento.
Na casa da suspeita, os policiais encontraram fraldas e leite para a criança, indicando que a menina foi alimentada enquanto permaneceu em cativeiro.
A criança passou por exames médicos, que comprovaram que ela não sofreu nenhum tipo de ferimento, antes de ser devolvida aos pais e voltar para casa.