Conservação do meio ambiente

No Dia Mundial do Meio Ambiente, Copel destaca preservação da flora

Companhia mantém 9,3 mil hectares de APPs para conservar a biodiversidade local.

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Foto: Copel

No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quinta-feira (5), a Copel divulgou uma lista de espécies da flora nativa presentes em áreas próximas às hidrelétricas.

O levantamento revela que a Companhia Paranaense de Energia (Copel) mantém cerca de 9,3 mil hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens dos reservatórios de suas usinas.

Até o momento, foram registradas 266 espécies da flora nativa, das quais 34 estão classificadas em algum grau de risco no Brasil.

Além de proteger plantas e árvores, essas áreas funcionam como refúgios ecológicos, colaborando para a reprodução e manutenção da fauna local.

Dia Mundia do Meio Ambiente: Espécies ameaçadas e recuperação ambiental

Entre as espécies protegidas destacam-se araucária, cedro, palmeira-juçara e xaxim — todas classificadas como vulneráveis, em perigo ou criticamente em perigo.

Segundo a Copel, durante a formação das reservas, equipes técnicas resgatam e realocam espécies silvestres, coletam sementes, plantam mudas e monitoram seu crescimento.

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A bióloga Sandra Elis Abdalla, gerente da Divisão de Biodiversidade da Copel, ressalta que esse trabalho permite recompor a cobertura vegetal com espécies nativas, inclusive em regiões anteriormente utilizadas para agricultura ou pecuária.

“Nesse processo, realizamos estudos ambientais para definir as espécies ideais para colonizar as áreas degradadas. Também criamos as condições para aquelas mais exigentes em qualidade ambiental, como as espécies ameaçadas, que são introduzidas posteriormente”, explica Sandra.

Segundo ela, essas ações contribuem para formar áreas de preservação nas margens dos reservatórios.

Monitoramento e vigilância constante

Outro destaque é a vigilância das áreas protegidas. Equipes realizam inspeções em solo, vistorias fluviais, sobrevoos com drones e analisam imagens de satélite para garantir a integridade das matas restauradas.

Confira a lista de espécies e o grau de risco

  • Criticamente em Perigo
    • Araucaria angustifolia (Araucária)
  • Em Perigo (EN)
    • Aniba ferrea (Rosa-louro)
    • Balfourodendron riedelianum (Pau-marfim)
    • Dicksonia sellowiana (Xaxim)
    • Doliocarpus lancifolius (Cipó-vermelho)
    • Escallonia petrophila (Escalonia)
    • Hippeastrum striatum (Amarílis)
    • Micropholis splendens (Candeia)
    • Ocotea odorifera (Canela-sassafrás)
    • Ocotea porosa (Imbuia)
    • Panopsis multiflora (Canela-amarela)
    • Podocarpus sellowii (Pinheiro-bravo)
    • Roupala asplenioides (Carvalho)
    • Sloanea obtusifolia (Gindiba)
    • Symplocos corymboclados (Congonha)
    • Virola bicuhyba (Virola)
  • Vulnerável (VU)
    • Apuleia leiocarpa (Grápia)
    • Bertholletia excelsa (Castanheira)
    • Cedrela fissilis (Cedro)
    • Cedrela odorata (Cedro)
    • Curitiba prismatica (Murta)
    • Dalbergia brasiliensis (Jacarandá)
    • Eugenia malacantha (Pitanga-araticum)
    • Euterpe edulis (Palmeira-juçara)
    • Ficus pulchella (Caxinguba)
    • Hymenaea parvifolia (Jutaí)
    • Isabelia virginalis (Orquídea-virgem)
    • Mezilaurus itauba (Itaúba)
    • Myrcia tenuivenosa (Cató)
    • Ocotea catharinensis (Canela-preta)
    • Rudgea jasminoides (Cafezinho-do-mato)
    • Smilax muscosa (Salsaparrilha)
    • Sorocea guilleminiana (Trempa)
    • Virola surinamensis (Virola)