Salário do Papa

Quanto ganha um papa: salário pode passar do R$15 mil por mês

Novo papa, Leão XIV, pode receber 2,5 mil euros por mês, valor recusado por Francisco, que optou por viver em pobreza e doou parte de sua fortuna.

quanto-ganha-um-papa-salario
Foto: Reprodução/Villanova University

Quanto ganha um papa? O novo papa, Leão XIV, deve ganhar cerca de 2,5 mil euros mensais, valor recusado por Francisco, que viveu sem salário.

Segundo informou a agência italiana Ansa. A remuneração segue o padrão estabelecido para o cargo desde o início do papado de Francisco, em 2013.

Quanto ganha o papa Leão XIV, primeiro pontífice americano

Anunciado nesta quinta-feira (8), o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi escolhido como o novo chefe da Igreja Católica, tornando-se o 267º papa da história.

Ele adotou o nome Leão XIV e é o primeiro papa dos Estados Unidos.

A apresentação oficial foi feita na tradicional sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, pelo cardeal Dominique Mamberti.

Papa Francisco abdicou de salário e viveu em simplicidade

Embora tivesse direito ao mesmo valor de €2,5 mil mensais, Francisco recusou o salário durante todo o seu pontificado.

Fiel à proposta de pobreza evangélica, inspirada em São Francisco de Assis, o papa afirmou em um documentário de 2023 que nunca recebeu remuneração.

“Quando preciso de dinheiro para comprar sapatos ou algo assim, eu peço. Não tenho um salário, mas não me preocupo com isso”, disse no filme Amém: Perguntando ao Papa.

LEIA TAMBÉM

Pouco antes de falecer, em abril de 2025, Francisco doou €200 mil (R$ 1,2 milhão) de sua conta pessoal a detentos da prisão Casal del Marmo.

Durante os últimos anos de seu papado, Francisco enfrentou desafios financeiros na Santa Sé, afetada pelas consequências econômicas da pandemia. Em resposta, o pontífice:

  • Reduziu salários de cardeais em 10% (2021);
  • Determinou pagamento de aluguéis por parte do clero;
  • Incentivou a criação de uma comissão para ampliar doações à Igreja.

Até então, cardeais em Roma viviam com aluguéis subsidiados e recebiam entre €4 mil e €5 mil mensais. As mudanças buscavam conter o déficit crescente e preservar empregos administrativos no Vaticano.