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As exportações paranaenses somaram US$ 3,39 bilhões entre janeiro e abril de 2025
Se fosse um país independente, o Paraná ocuparia a 29.ª posição no ranking global de exportadores de alimentos e bebidas, superando países desenvolvidos como Japão, Portugal, Suécia e Suíça. Os dados reforçam o peso das exportações no Paraná no comércio internacional e o papel estratégico do Estado no agronegócio global.
Segundo a Logcomex, as exportações paranaenses somaram US$ 3,39 bilhões entre janeiro e abril de 2025. Apesar da forte presença no cenário mundial, o volume representa uma queda de 29,19% em relação ao mesmo período de 2024.
Para o governador Ratinho Junior, o resultado é fruto de muito trabalho: “O Paraná é o supermercado do mundo. Temos uma capacidade imensa para produção de alimentos e estamos investindo cada vez mais para apoiar o agronegócio nesse processo de expansão e industrialização”, disse.
A China segue como o principal destino das vendas externas do Estado, respondendo por 39% do total exportado — o equivalente a US$ 1,3 bilhão. Na sequência, aparecem Irã (6% – US$ 187,5 milhões), Bangladesh (4% – US$ 148,2 milhões), Índia (4% – US$ 143,9 milhões) e Vietnã (3% – US$ 92,1 milhões).
A estrutura das exportações no Paraná continua fortemente concentrada em alimentos. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), organizados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a soja foi o principal item exportado no primeiro quadrimestre do ano, com valor FOB de US$ 1,4 bilhão. Em segundo lugar aparecem as carnes (aves, suína e bovina), que somaram US$ 379 milhões em vendas externas.
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A vocação agroexportadora se consolida também ao considerar o desempenho de 2023. Somente com cinco produtos — carnes de aves, carne suína, açúcar, soja e milho — o Paraná atingiu US$ 11,4 bilhões em exportações. O volume colocaria o Estado como o terceiro maior exportador mundial desses itens, atrás apenas de Brasil (US$ 81,6 bilhões) e Estados Unidos (US$ 50,6 bilhões), superando Argentina, Ucrânia e Espanha, segundo a Agência Estadual de Notícias do Paraná.
O destaque das exportações no Paraná reflete um ambiente econômico em expansão. Desde 2019, o Estado atraiu mais de R$ 300 bilhões em investimentos privados voltados à instalação e ampliação de fábricas e indústrias. Esse movimento impulsionou o Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 440 bilhões, em 2018, para R$ 718,9 bilhões em 2024, consolidando o Paraná como a quarta maior economia do país, à frente do Rio Grande do Sul.
Além do desempenho econômico, o Estado também apresentou melhorias nos indicadores sociais. Em 2024, o Paraná registrou a menor taxa de desemprego de sua história: 3,3%, segundo o IBGE. O índice é mais baixo do que o observado em países desenvolvidos como Alemanha (3,4%), Itália (5,8%), Canadá (6,5%) e França (7,6%).
As políticas públicas voltadas à inovação e à industrialização, somadas à força do agronegócio, transformaram o ambiente de negócios do Paraná. A diversificação da pauta de exportações e o foco em produtos com valor agregado têm sido decisivos para a competitividade internacional do Estado.
Mesmo com oscilações no mercado externo, o avanço das exportações no Paraná confirma a vocação do Estado como um dos grandes fornecedores mundiais de alimentos. A capacidade de manter e ampliar essa posição dependerá da continuidade dos investimentos em infraestrutura, tecnologia e qualificação da produção — pilares essenciais para sustentar a liderança no comércio global de alimentos.