Segurança

Protesto contra Bolsonaro termina em confusão com vereador detido

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Marlon Santiago/Rede Massa

O vereador Renato Freitas (PT) voltou a ser detido em Curitiba depois de se envolver numa confusão no início da noite desta sexta-feira (23). Ele participava de uma manifestação contrária ao presidente Jair Bolsonaro e teria se envolvido numa briga com um homem que tentou confrontá-lo durante o protesto. Tanto o parlamentar quanto a vítima foram levadas até a Central de Flagrantes para prestarem depoimento.

A confusão aconteceu na Praça Rui Barbosa, na área central da capital paranaense. Freitas disse que estava organizando um pequeno ato para chamar as pessoas para uma grande manifestação contra Bolsonaro que vai acontecer neste sábado (24) em várias cidades pelo país. “Estávamos gritando ‘fora Bolsonaro’, ‘vacina já’, algumas palavras de ordem, quando chegou um homem transtornado se apresentando como policial e deu voz de prisão para mim, dizendo que eu estava incorrendo em crime contra a segurança nacional por estar pedindo o impeachment do presidente”, explicou o vereador depois de prestar depoimento.

“Eu falei que isso não existia e continuei com meus gritos com o megafone”, relata. De acordo com o petista, o homem que alega ter sido agredido teria partido pra cima dele para pegar o megafone e, num movimento de defesa, ele colocou o aparelho em frente ao rosto e atingiu a suposta vítima. Logo em seguida a confusão teve início e a Guarda Municipal foi acionada. “O fato é que eu fiquei como o agressor, ele ficou como réu de uma situação que ele incitou, que ele construiu”, complementa Freitas.

Nas redes sociais, o vereador compartilhou um vídeo da ação da Guarda Municipal, classificada por ele como “fascista”.

https://www.instagram.com/p/CRr5Fn9HCuD/

O que diz o homem agredido

A versão repassada pela suposta vítima da agressão aponta diferenças sobre o início da briga. O homem relata que viu quando uma mulher questionou Renato Freitas sobre o motivo do protesto e alegando que ele estava mentindo quando argumentava que Bolsonaro não tinha comprado vacinas.

“Falei pra ele ‘não faça isso, você está mentindo’ e ele pegou o megafone e gritou ‘fora Bolsonaro’ no meu rosto. Pra me proteger, coloquei as mãos no megafone, ele disse ‘não encosta em mim’ e bateu com o megafone no meu frontal”, alega. Na sequência, ele afirma que alguém o derrubou com uma rasteira e, caído no chão, foi agredido com chutes por várias pessoas que participavam do ato.

Colaboração de Marlon Santiago, da Rede Massa.