Política
Ratinho Junior detalha ações de auxílio às vítimas das chuvas


O governador Ratinho Junior (PSD) participou ao vivo nesta quarta-feira (1º) do programa Tribuna da Massa, na Rede Massa | SBT, em rede para todo o Paraná. Durante a entrevista com os jornalistas Lucas Rocha, Fernando Parracho e Sandro Dalpícolo, ele destacou as ações do governo estadual junto às cidades mais afetadas pelas chuvas de outubro.
Ratinho classificou a situação como “um momento muito duro”, diante do volume de chuvas que atingiram o Paraná em outubro. “Só para se ter uma ideia, geralmente chove no Paraná entre 1500 a 1700mm no ano todo. Nesse mês de outubro, em algumas regiões do estado, foram quase 800 mm, é o outubro mais chuvoso da história do estado”, pontua.
O estado hoje tem aproximadamente 50 cidades que decretaram situação de emergência ou de calamidade pública. “Estamos fazendo uma força-tarefa para recompor as estradas rurais, porque muitas delas levadas foram levadas pelas enxurradas e algumas pessoas ficaram ilhadas não apenas para levar alimentos, mas também para escoar sua produção da área rural”, sinaliza.
Para ele, a atuação do governo do estado neste momento “é praticamente de guerra, algo parecido com que foi a pandemia que tivemos há dois anos, quando todo o governo estava mobilizado com as prefeituras, e agora estamos retomando esse mesmo gerenciamento, desta vez voltados a atender as famílias afetadas”.
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Para atender às regiões mais afetadas, o governo repassou à Defesa Civil mais de R$ 51 milhões em novos equipamentos como viaturas, caminhões e kits de equipamentos para ajudar nos salvamentos em casos de inundações, desmoronamentos e outras possíveis tragédias.
Ratinho Junior sobre a Ponte de Guaratuba
Durante o Tribuna da Massa, o governador também foi questionado sobre o avanço no processo para a construção da Ponte de Guaratuba, projeto aguardado há mais de 40 anos pelos moradores e turistas do Litoral do Paraná.
“Espero que agora não tenha nenhum tipo de empecilho e que essa obra possa ser concretizada. Foram quatro anos de projetos, estudos de engenharia, de viabilidade técnica e ambiental. Nada justifica mais poluir a nossa baía de Guaratuba com 700 mil litros gastos de diesel todos os anos pelas balsas”, comenta Ratinho Junior.
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Para ele, “era injustificável não ter uma ponte para atender à população do Paraná e unir essas duas cidades”. “Guaratuba ficava mais perto de Santa Catarina do que do Paraná, justamente porque não tem nada que ligue as duas cidades em termos de engenharia”, avalia.
Para exemplificar, o chefe do Executivo relembrou novamente o período de pandemia. Naquele momento, ele recorda que era preciso “mandar gente de Guaratuba para tratar emergências em Curitiba porque era mais fácil de chegar na capital do que em Paranaguá, onde temos o nosso maior hospital”.
Concessões de rodovias e novo pedágio no Paraná
Com dois leilões realizados e previsão de assinatura de contratos para os próximos meses, o novo pedágio do Paraná foi debatido pelo governador durante a entrevista. Para ele, “o pedágio era uma chaga que atormentava o Paraná há 24 anos”.
“Assumimos o compromisso de fazer tarifa menor, com preço justo e obras de melhorias, e tudo na bolsa de valores para dar mais transparência para todo o rito de contratação da empresa que vai prestar o serviço para o cidadão”, argumenta Ratinho Junior.
Além de conseguir os valores mais baixos nos dois primeiros lotes, o governo do Paraná também colocou no contrato um volume de obras que, segundo o governador, será o maior da América Latina. “Do México para baixo, nenhuma outra região vai ter tanta obra como o Paraná em cima do projeto de concessão”.
A assinatura do contrato da empresa vencedora do primeiro lote deve acontecer em dezembro deste ano, enquanto o segundo lote já leiloado deve ter o contrato assinado entre janeiro e fevereiro do próximo ano. “Assim que assina o contrato, a empresa já começa a operar, mas com um detalhe: ela não pode cobrar enquanto não deixar a rodovia em ótimo estado”, assegura o governador.
Os próximos lotes têm previsão de ir a leilão no segundo semestre do ano que vem, a partir de setembro, mas o governo do Paraná já atua nos bastidores para tentar antecipar o cronograma.
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Ainda segundo o governador, há a preocupação de que os conflitos internacionais possam impactar no andamento das concessões. A guerra da Ucrânia e a escalada da violência no Oriente Médio estão entre os pontos que ligam o alerta do governo do Paraná.
“Os fundos que investem nesses grandes projetos, de R$ 10 bilhões ou R$ 15 bilhões, têm quatro ou cinco empresas no mundo”, explica. “Esse fundo investe até R$ 10 bilhões num prazo de 5 a 6 anos e vai recuperar esse dinheiro ao longo de 30 anos, são apenas fundos de longo prazo que acabam investindo nesse perfil de projeto”, acrescenta, explicando que os conflitos internacionais podem gerar instabilidade e insegurança nessas empresas.
O próprio governador deve viajar a países estratégicos para apresentar o modelo de concessão do Paraná em busca de fortalecer a confiança de possíveis investidores. “O que nos dá esperança é que nosso projeto é bom e o Paraná vem crescendo muito acima da média, e isso dá a garantia para o investidor de que a economia paranaense é muito forte e ele vai ter o retorno necessário”, completa.
Assista à entrevista completa: