Saúde

Cemepar alerta para falta de medicamentos utilizados para a intubação

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Foto: Antonio Américo/SESA

O Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), responsável por monitorar os estoques de 63 hospitais que fazem parte do Plano Estadual de Enfrentamento à Covid-19, emitiu um alerta nesta segunda-feira (15) para o risco do desabastecimento de medicamentos utilizados para a intubação. O sinal vermelho leva em consideração o aumento das internações nos últimos dias em todas as quatro macrorregionais de saúde do Paraná.

Buscando resolver a situação, a Secretaria de Estado da Saúde reforçou o pedido ao Ministério da Saúde por mais medicamentos e estabeleceu protocolos de compra emergencial. O Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul já enviaram um ofício ao ministro Eduardo Pazuello requisitando mais estoques.

“A situação é muito crítica. Estamos monitorando desde o início da pandemia a utilização de 25 medicamentos. Mas chegamos num ponto em que as dificuldades são até de medicamentos para entubação. Os leitos estão cheios, estamos fazendo um grande esforço para ampliar um pouco mais os leitos de UTI”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Nesta segunda-feira, o Cemepar atualizou o painel, que aponta que, nas atuais condições, o estoque de bloqueadores neuromusculares, que são os relaxantes usados para auxiliar na ventilação mecânica, deve durar por apenas três dias. O estoque dos sedativos e de analgésicos consegue abastecer os hospitais por mais oito dias, ou seja, até 23 de março.

O acompanhamento semanal do estoque e consumo nas UTIS SUS, exclusivas para a Covid-19, começou em 22 de junho de 2020, por meio de um questionário eletrônico preenchido pelos hospitais que indicam a demanda. Esse monitoramento é um dos itens que auxiliam nas decisões de controle sobre a circulação do coronavírus.

“A secretaria discute formas para aquisição imediata destes medicamentos diante da situação, que é considerada a mais crítica do período da pandemia. Faremos aquisição por meio de Ata de Registro de Preços do Ministério da Saúde e da Sesa; pregões eletrônicos; e novas tratativas junto aos laboratórios fabricantes”, afirmou o chefe de gabinete da Sesa, César Neves.

Colaboração AEN