
Ciência e medicina
INDO ALÉM!
A tecnologia cria novas fronteiras para o futuro do cuidado à saúde no hospital filantrópico
A tecnologia na Medicina tem evoluído de forma exponencial, seja no diagnóstico, no tratamento ou no acompanhamento de pacientes. O Hospital Angelina Caron (HAC), instituição privada de caráter filantrópico em Campina Grande do Sul, no Paraná, começou 2025 com uma novidade inovadora: a cirurgia robótica.
Com o objetivo de oferecer uma medicina de ponta, com profissionais atualizados e técnicas de última geração, o hospital filantrópico investiu R$ 14 milhões na aquisição do robô Da Vinci. A tecnologia consiste em um sistema robótico cirúrgico avançado, utilizado para viabilizar cirurgias minimamente invasivas.
Implantado dia 14 de janeiro, a nova tecnologia do Hospital Angelina Caron permite incisões extremamente pequenas e movimentos articulados com quatro braços robóticos, além da estabilização de tremores. De acordo com Pedro Henrique Caron, cirurgião bariátrico e de aparelho digestivo, já foram feitas 44 cirurgias robóticas desde a implementação do robô Da Vinci no hospital filantrópico.
“O médico tem que ter a formação em cirurgia robótica, ter um preparo e ter sido acompanhado em pelo menos 10 cirurgias robóticas por um médico chamado de ‘procto’ […] Oferecemos ao paciente essa tecnologia, mas a decisão final, como é uma questão também que depende de financeiro, é do paciente”, reforça o cirurgião.
No Hospital Angelina Caron, o robô será utilizado em cirurgias do aparelho digestivo, como a bariátrica, além de procedimentos da urologia, ginecologia e oncologia. A cirurgia robótica chegou como uma nova revolução no setor, superando as expectativas da instituição.
O aparelho robótico não atua sem a presença de um cirurgião especializado: “O robô não realiza nenhum movimento sozinho na cirurgia. Os movimentos são feitos pelo cirurgião principal. Os braços robóticos são articulados […] Isso dá uma amplitude maior de movimento e garante movimentos mais precisos, já que o robô tem um filtro de tremor”, diz o médico.
O robô Da Vinci tem quatro braços robóticos articulados, que são controlados diretamente pelo profissional em um console que oferece uma visão 3D e um zoom 15 vezes maior do que nas cirurgias por vídeo. Com a tecnologia, o cirurgião principal pode realizar todo o procedimento com as ferramentas disponíveis.
A tecnologia também cria novas fronteiras para o futuro do cuidado à saúde, beneficiando os pacientes. “O robô é isso, é uma evolução. O paciente vai ter uma recuperação mais rápida para poder voltar a trabalhar, fazer uma atividade física e muito mais”, afirma o cirurgião.
Entre outros benefícios, estão a redução de dor no pós-operatório, de remédios, de transfusões e de infecções. “As incisões da videolaparoscopia vão até 12 milímetros. Já as incisões da robótica, no máximo até 8 milímetros. Tudo isso com a precisão do robô, que leva ao paciente uma recuperação mais rápida”, relata o médico.
A tecnologia da cirurgia robótica contribui para a diminuição do tempo de internamento dos pacientes. No setor de oncologia do hospital filantrópico, por exemplo, um paciente que levaria de 3 a 4 dias para ter alta pode ser liberado em até 48 horas. Na realização de cirurgias bariátricas, dependendo do caso, o paciente pode receber alta médica em menos de 24 horas.
A instituição privada de caráter filantrópico começou sua história com uma pequena equipe médica, poucos colaboradores e apenas 50 leitos. Agora, o hospital vai além e inova a cada ano com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A cada novo avanço, surgem possibilidades de tratamentos mais rápidos, eficazes e até menos invasivos, trazendo inúmeros benefícios para os pacientes.
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