Melhor prevenir, que remediar!

Por risco de gripe aviária, ministério suspende criação de aves ao ar livre

Medida acontece em função do risco de ingresso e disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1).

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Foto: Gilson Abreu/Arquivo AEN

Para evitar a disseminação da gripe aviária, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) suspendeu da criação de aves ao ar livre.

A decisão, publicada na Portaria nº 782 de 2025, busca impedir o contato entre aves domésticas e silvestres, reduzindo o risco de contaminação pelo vírus H5N1.

Suspensão de eventos com aves no combate a gripe aviária

Além das restrições na criação, a nova regulamentação estabelece que eventos com aves, como feiras e exposições, só poderão ocorrer mediante autorização do Serviço Veterinário Estadual.

Os organizadores devem apresentar um plano de biosseguridade detalhado, garantindo medidas eficazes para prevenir surtos da doença.

O Paraná, maior produtor e exportador de frango do Brasil, reforçou a vigilância contra a gripe aviária. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) está monitorando propriedades rurais e aves migratórias, que podem trazer o vírus de outros países.

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“A reintrodução da exigência de telas protetoras é essencial para evitar novos focos da doença no Brasil, especialmente no Paraná”, destacou Rafael Gonçalves Dias, da Adapar.

Diante do avanço da influenza aviária nas Américas, o Paraná prorrogou por mais 180 dias o decreto de emergência zoossanitária. Desde 2023, o estado registrou 13 focos da doença, todos em aves silvestres.

A medida também busca proteger o comércio internacional. O Japão, um dos principais importadores de carne de frango, aprovou a regionalização do Certificado Sanitário Internacional (CSI), restringindo embargos apenas a municípios com surtos confirmados, e não ao estado inteiro.

O Brasil se mantém como um dos líderes globais na produção de carne de frango. Em 2024, o Paraná foi responsável por 34,2% da produção nacional, abatendo 2,2 bilhões de frangos e exportando mais de 2,1 milhões de toneladas. As exportações renderam US$ 4 bilhões ao estado.

A implementação dessas medidas sanitárias é crucial para evitar impactos negativos no setor avícola e garantir a segurança da produção nacional.