Obituário
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Luto
“Todo vampiro é imortal. Ou, ao menos, seu legado é”, disse a família
Dalton Trevisan, escritor e advogado, o Vampiro de Curitiba, morreu em casa nesta segunda-feira (9), aos 99 anos. A causa não foi divulgada.
Sua passagem aconteceu da maneira como o autor gostava, sem holofotes e na privacidade de seu lar, que é localizado em uma esquina muito movimentada de Curitiba.
Nascido no dia 14 de junho de 1925, Dalton era filho de João Evaristo Trevisan e Catarina Stocchero Trevisan. Aos 30 anos, ele sofreu um grave acidente enquanto trabalhava na fábrica do pai.
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Durante o período de recuperação, o que se acredita ser o momento em que o Vampiro se encontrou como escritor, produziu seu primeiro livro, “Sonata ao Luar”.
No ano seguinte, lançou “Sete Anos de Pastor” e, três anos após sua primeira obra, formou-se advogado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), sendo filiado à Ordem dos Advogados do Brasil até 1964.
Fundador da Revista Joaquim, em 1946, Dalton ganhou seu primeiro Prêmio Jabuti com sua obra “Novelas Nada Exemplares”, em 1959. O escritor foi consagrado mais outras três vezes com o mais tradicional prêmio literário do Brasil.
“Todo vampiro é imortal. Ou, ao menos, seu legado é”. Como escreveu a família de Dalton na legenda da publicação em sua rede social, o autor seguirá vivo em suas obras.
Entre as mais conhecidas podemos citar: “O Vampiro de Curitiba” (1965), “A Polaquinha” (2013), “Cemitério de Elefantes” (1993), “Contos Eróticos” (1984), “Novelas nada exemplares” (1959) e “Mistérios de Curitiba” (1996).